Uma ação rápida e decisiva da Patrulha Maria da Penha (PMP) do 3° Batalhão de Polícia Militar (BPM), em Arapiraca, salvou a vida de um recém-nascido de apenas 15 dias que estava engasgado. A ocorrência foi de forma inesperada, no sábado (23), quando a guarnição saía da Central de Polícia após prender uma pessoa por violação de medida protetiva. O comprometimento e o preparo da equipe foram fundamentais para o desfecho positivo.
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A história, que poderia ter terminado em tragédia, teve um final feliz. Após o susto, o sorriso de alívio e gratidão da mãe, Janaína, com o filho nos braços e rodeada pelos policiais, foi registrado em uma foto tirada no ambiente hospitalar — um momento que nem a família nem os militares irão esquecer.
A comandante da guarnição, sargento Mariana Ribeiro, explicou que a mãe, em desespero, pediu socorro à equipe. A criança já apresentava sinais de cianose — quando a pele apresenta coloração arroxeada devido à falta de oxigenação. Ela relembrou como tudo aconteceu:
“O cabo Ailton começou a proceder com a manobra de desengasgo, enquanto eu entrava em contato com os companheiros do Corpo de Bombeiros. Depois, o cabo Ailton me passou o bebê. Dei continuidade às manobras, pressionando as costinhas do recém-nascido, conforme a orientação, quando ele desobstruiu as vias aéreas do bebê, fazendo com que a boquinha da criança se abrisse”. Foi nesse momento que o recém-nascido reagiu, e sua coloração voltou ao normal, relatou a sargento Mariana.
Ao notar que o bebê voltou a respirar, mas ainda apresentava fraqueza, rapidamente embarcaram na viatura em direção ao Hospital Regional, onde o bebê recebeu os atendimentos médicos, já fora de perigo.
Segundo a comandante, o sentimento é de gratidão por servir e proteger: “Nós somos acostumados a sempre receber ocorrências envolvendo adultos e desenvolvemos continuamente o atendimento especializado a mulheres vítimas de violência. Tínhamos acabado de prender o agressor de uma de nossas assistidas por ele ter violado a medida protetiva e nos deparamos com uma ocorrência que saiu do contexto de nossa rotina, mas que nos mostrou o quanto nossa equipe é compromissada”, disse, enaltecendo o controle, a agilidade e a empatia dos componentes.
“Não apenas a capacidade técnica do cabo Ailton, que possui formação em Enfermagem e teve uma atuação fundamental, mas também o equilíbrio emocional do soldado Paulo César, que tranquilizou o ambiente e acolheu a mãe, que chorava bastante, a destreza do motorista cabo Primo, que conduziu a viatura à unidade hospitalar, foram essenciais para o sucesso da ação. Apesar de ter sido um dia bastante corrido, foi satisfatório para nós da guarnição. Finalizamos nosso serviço com gratidão por termos influenciado na vida daquele nenenzinho. O meu pensamento foi como se o próprio Criador estivesse nos conduzindo naquele momento para ajudar aquele bebê”, finalizou a sargento.