Policiais penais suspendem atividades para cobrar cumprimento de TAC e aumento de efetivo em AL

Publicado em 22/11/2022, às 10h25
Categoria cobra o cumprimento de TAC firmado com a Seris e o MP para o Presídio do Agreste | Ascom Seris
Categoria cobra o cumprimento de TAC firmado com a Seris e o MP para o Presídio do Agreste | Ascom Seris

Por TNH1

O Sindicato dos Policiais Penais de Alagoas (Sinasppen/AL) confirmou, na manhã desta terça-feira, 22, que a categoria paralisou as atividades no sistema prisional alagoano por tempo indeterminado. O objetivo do ato é reivindicar o cumprimento de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que foi firmado com a Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) e com o Ministério Público de Alagoas (MPAL) para as melhorias no funcionamento do Presídio do Agreste. Os policiais penais também cobram a regulamentação de horas extras, aumento do efetivo, e melhores condições para o serviço.

De acordo com Vitor Leite, presidente do Sinasppen/AL, as visitas, assim como o recebimento de feiras e de presos, e atendimentos eletivos de saúde, foram suspensos durante a paralisação. O atendimento aos advogados segue normal, como também o serviço de segurança interna e externa, bem como as demandas judiciais.

"Nossa reivindicação é pelo cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta relativo ao Presídio do Agreste, onde a empresa ainda tem funcionários exercendo a atividade policial. A Seris não cumpriu o acordo assinado com o Ministério Público, em claro desrespeito com as leis e com o próprio MP. Além disso, reivindicamos mais 20 horas extras para melhorar o efetivo, que foi solicitado e prometido pela Seris, e não foi cumprido", disse o sindicalista.

"Em relação aos nossos contracheques, em boa parte do pessoal, estão vindo com valores errados, com uma média de 500 a 600 reais a menos no salário. Já em relação às viaturas, solicitamos uma para cada unidade, para agirmos em caso de alguma fuga", continuou Vitor Leite ao destacar que aguarda o atendimento dos pedidos da categoria.

O presidente do Sinasppen/AL ainda ressaltou que o pedido por mais horas extras acontece pelo número atual do efetivo, considerado carente pelos policiais. "O efetivo continua carente, nós temos uma demanda muito grande, e infelizmente com esse efetivo não vai suprir a carência que temos. Não foram destinados policiais para núcleo, CPJ e PSM1, por isso estamos solicitando o acréscimo das horas extras". 

"A gente agora só suspende o movimento se as reivindicações foram atendidas. Se não forem, o sistema penitenciário vai seguir parado", acrescentou.

O TNH1 entrou em contato com a Seris, que emitiu um comunicado nesta tarde. Leia na íntegra:

"A SERIS informa que o diálogo com o SINASPEN é aberto e sempre está à disposição da categoria. Até o momento não foi protocolado nenhum ofício sobre a paralisação, o órgão não recebeu nenhum documento. Ao tempo que reafirma a missão da Polícia Penal de manter a ordem e disciplina no Sistema Prisional, missão que é muito bem honrada e cumprida pelos guerreiros alagoanos. 

A SERIS informa ainda que os órgãos competentes, como Ministério Público e Procuradoria Geral do Estado, foram comunicados para sanar ou intermediar qualquer crise. Ainda sobre a situação no Complexo Penitenciário, a secretaria tranquiliza a população alagoana e reforça que alguma ação que venha infringir as leis e colocar em risco os policiais ou a sociedade alagoana não terá apoio desta secretaria, com a certeza que este é o sentimento de todos que fazem a Polícia Penal".

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