O uso indiscriminado das redes sociais continua causando transtornos para aqueles que não conseguem medir o alcance e a repercussão das publicações na internet.
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No último fim de semana, uma procuradora do Estado foi personagem de uma publicação polêmica e agressiva contra a Polícia Militar, que gerou reações. Em decorrência do fato, a Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal) divulgou uma nota repudiando as declarações da procuradora, Marialba Braga, que se pronunciou através de página no Facebook.
Na publicação, a promotora criticou duramente a abordagem de uma policial militar a uma pessoa da sua família. O fato teria acontecido no dia 8 de maio, Dia das Mães, no povoado de Massagueira, em Marechal Deodoro.
De acordo com a promotora, a PM teria agido de forma truculenta e grosseira. “A dita cuja, bichinha truculenta, parece um animal vestido de gente. Grosseira, comportamento de psicopata, achando que está acima do bem e do mal”, postou.
Ela finalizou a publicação dizendo que não vê diferenças entre a PM e bandidos. “Tente de novo mexer com alguém da minha família (...) aí você vai ver com quantos paus se faz uma jangada (...) E não tenho medo de retaliação que é próprio do seu caráter e dos seus colegas (...) Não vejo diferença entre vocês e bandidos”, disse.
Repúdio
Em nota oficial, a Assomal afirmou que "a ação da PM realizada na noite do dia 8 de maio foi praticada dentro da legalidade e que a militar agiu respeitando os princípios da moralidade, legalidade e da ética profissional, levando segurança à comunidade local através da abordagem preventiva em lugares com baixa luminosidade e com pouca movimentação de pedestres, onde se apresentam elementos propícios para a prática de delitos".
Em contato com o TNH1, o presidente da associação, major Wellington Fragoso, reforçou o repúdio aos comentários da procuradora. “A gente não pode admitir que uma procuradora de Estado, com o nível de escolaridade que a gente espera que possua, se refira à Polícia Militar da maneira como ela se referiu nas redes sociais”, disse.
Após a publicação da nota por parte da Assomal, a procuradora voltou a usar sua página no Facebook, desta vez, para pedir desculpas.
“Quem me conhece sabe da minha impulsividade, principalmente diante de injustiças. Fiz uma postagem sobre uma abordagem policial no dia das mães na Massagueira, naquele momento pequei por generalizar. Como sou impulsiva e espontânea também sei reconhecer quando erro, que atingi pessoas que me são por demais importantes e que sempre fizeram parte da minha vida. Tenho amigos, colegas e familiares militares e por um caso isolado atingi todos. Sabemos que em toda profissão existem pessoas boas e corretas. Mas também aquelas que maculam. Sei e reconheço o trabalho da Polícia Militar através do seu comando e da luta por uma Alagoas melhor. Me retrato por essas pessoas que indiretamente atingi. Todavia não deixarei como cidadã de tomar as providências cabíveis ao fato ocorrido”
Confira a nota oficial da Assomal na íntegra:
A diretoria da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal) vem a público externar sua total indignação e repúdio as graves declarações da procuradora do Estado Marialba Braga, proferidas em sua página pessoal do Facebook.
Neste final de semana, a representante da PGE utilizou a sua rede social para praticar um ato de injuria e difamação, criminalizando e ameaçando uma PM lotada na 5ª Companhia Independente da PMAL, em Marechal Deodoro, em pleno exercício de suas funções. A procuradora alegou não haver diferença entre policiais e bandidos.
A Assomal informa que a ação da PM realizada na noite do dia 8 de maio foi praticada dentro da legalidade, conforme prevê o Art. 244 do Código de Processo Penal que diz: A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca domiciliar.?
Portanto, a militar agiu respeitando os princípios da moralidade, legalidade e da ética profissional, levando segurança à comunidade local através da abordagem preventiva em lugares com baixa luminosidade e com pouca movimentação de pedestres, onde se apresenta elementos propícios para a prática de delitos
Criminalizar o exercício da Polícia Militar demonstra falta de decoro e respeito com a história desta instituição. Há 184 anos, os bravos guerreiros da briosa PMAL fazem valer as determinações previstas nas leis vigentes em nosso país, a fim de estabelecer a ordem e combater a criminalidade. Em razão desta missão e do momento atípico de insegurança do Estado, a corporação merece mais respeito e admiração.
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