Começou nesta segunda-feira uma paralisação de 72 horas dos policiais civis. Durante Agentes e escrivães reivindicam a valorização por meio do aumento do piso salarial da categoria ao governo do Estado.
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A mobilização, nesta segunda-feira (20), acontece na Central de Flagrantes, devendo os policiais civis permanecerem durante o dia todo no local. Nesta terça-feira (21), a concentração ocorrerá em frente à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), a partir das 8 horas. Na Seplag, a diretoria do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) se reunirá com o secretário Fabrício Marques, às 15 horas, para tratar do aumento do piso salarial da categoria. Dentro do ato, o Sindpol disponibilizará úsica ao vivo, serviços gratuitos de saúde, como aferição de pressão, limpeza de tártaro, aplicação de flúor e avaliação odontológica.
A diretoria visitará as delegacias para reforçar a paralisação.
Valorização
Segundo o Sindpol, os agentes e escrivães lutam pelo reconhecimento do nível superior da categoria. Atualmente, agentes e escrivães recebem o pior piso salarial da segurança pública. Enquanto isso, o soldado da Polícia Militar, com nível médio, teve reajuste e recebe salário inicial maior que os policiais civis. O Governo do Estado também enviou mensagem à Assembleia Legislativa, criando o serviço voluntário para os delegados e concedeu plano de carreiras aos peritos oficiais, quando em última negociação, o secretário da Seplag, Fabrício Marques, havia informado que o governo não iria enviar projeto de lei sobre serviço voluntário nem conceder reajuste a nenhuma categoria.
O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, informa que a categoria também acumula perdas salariais de 16%, além da inflação deste ano. “O descaso do governo com os agentes e escrivães culminou em revolta da categoria, resultando na decisão da paralisação de 72 horas”, revela.
Trabalho eficiente
Em 2019, os policiais civis reduziram os homicídios em 30%, confeccionaram 150.258 boletins de ocorrências, tiraram de circulação 1.569 armas de fogo, instauraram 16.898 inquéritos, apreenderam quase 4 toneladas de drogas, realizaram 9.894 prisões e mandados cumpridos.
Ricardo Nazário destaca a importância do trabalho dos agentes e escrivães para a sociedade, que o governo do Estado tenta esconder e não valoriza a categoria pelo trabalho eficiente que reduziu a violência, mesmo a categoria enfrentando a precária condições de trabalho e efetivo insuficiente.
Governo
A assessora de comunciação da Polícia Civil informou que ainda nesta segunda-feira, governo e trabalhadores se reúnem para tratar da pauta de reivindicações da categoria.
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