Publicado em 17/01/2025, às 12h00
Os representantes do hotel no bairro da Pajuçara, parte baixa de Maceió, onde um turista morreu durante um incêndio, serão ouvidos pela Polícia Civil na próxima quarta-feira (22) pela manhã. A informação foi confirmada ao TNH1, nesta sexta-feira (17), pela delegada Luci Mônica, responsável pelo inquérito.
LEIA TAMBÉM
Inicialmente, foi divulgado que as oitivas aconteceriam ainda nesta semana, mas foi necessário marcar para a próxima. A vítima do incêndio era policial militar no Distrito Federal e foi identificada como Adriano Damásio Lopes, de 44 anos.
A polícia iniciou as investigações ainda nessa quinta-feira (16). Até o momento foram ouvidos dois funcionários do hotel, a esposa do PM, Estefanie Fernandes, e alguns turistas que estavam hospedados no local. Também foram solicitados os alvarás e os demais documentos necessários para atestar que o lugar estava funcionando dentro das condições ideais.
De acordo com informações que a delegada repassou em entrevista à repórter Mônica Ermírio, da TV Pajuçara, a suspeita é de que o incêndio, que aconteceu no sexto andar, teria sido provocado por uma pane no ar-condicionado de um dos quartos.
“Já teria ocorrido um problema neste local. Isso porque, às 23h, um hóspede pediu para sair deste dormitório, dizendo que o aparelho não estaria funcionando. Então ele foi transferido para outro quarto. O incêndio aconteceu às 4h30. A gente ainda não sabe se o ar-condicionado ficou ligado ou não. Somente os laudos vão confirmar”, explicou Luci Mônica.
O caso - Uma tragédia tomou conta dos noticiários na manhã dessa quinta-feira (16), em Maceió. Adriano Damásio Lopes, de 44 anos, um turista de Brasília que visitava a capital alagoana pela segunda vez, morreu durante um incêndio em um hotel no bairro da Pajuçara. Ele, que era policial militar do Distrito Federal, veio passar uma semana de férias com a esposa Estefanie Fernandes, a filha dele de 10 anos e a sogra, Eliene.
A região amanheceu agitada com sirenes de ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e de viaturas do Corpo de Bombeiros, para socorrer os hóspedes que estavam no local. O sexto andar do prédio, área onde o fogo começou, permaneceu evacuado. A Defesa Civil de Maceió, os bombeiros e o Instituto de Criminalística realizaram a perícia ainda de manhã.
Adriano morreu após inalar muita fumaça, enquanto tentava ajudar no socorro das outras pessoas que estavam hospedadas no estabelecimento, pois estava sem equipamento de proteção individual (EPI). Ele ainda chegou a ser levado pelo Samu ao HGE (Hospital Geral do Estado), mas não resistiu.
Em nota, o IML (Instituto Médico Legal) informou que o corpo de Adriano já foi liberado e pode ser levado de volta ao Distrito Federal, para que a família possa realizar o velório e o sepultamento do policial.