Polícia mira grupo que lucrou R$ 1 bi em maior esquema de pirâmide do Rio

Publicado em 31/10/2024, às 22h02
Polícia mira grupo que lucrou R$ 1 bi em maior esquema de pirâmide do Rio | Divulgação / PF
Polícia mira grupo que lucrou R$ 1 bi em maior esquema de pirâmide do Rio | Divulgação / PF

Por Folhapress

A Polícia Civil do Rio cumpre mandados de busca e apreensão contra um grupo que aplicava o golpe do empréstimo consignado.

Criminosos criaram 15 empresas para aplicar golpes no Rio e em São Paulo, segundo investigação da polícia e do Ministério Público. É o maior esquema de pirâmide financeira do Rio, movimentando mais de R$ 1 bi em nove anos.

São 12 mandados de busca e apreensão contra quatro integrantes da quadrilha, que aparecem como administradores das empresas e são da mesma família. Outras 39 pessoas foram denunciadas por estelionato e organização criminosa.

Eles agiam de duas formas. Na primeira situação, a vítima era convencida a contrair o empréstimo por meio de um banco indicado pelos criminosos. Eles ofereciam 10% do valor para a vítima e o restante deveria ser transferido para uma empresa do grupo. Os criminosos se responsabilizavam pelo pagamento integral do empréstimo, mas pagavam de três a quatro parcelas.

No segundo caso, o grupo contatava pessoas com empréstimos em andamento. Eles ofereciam uma redução nas parcelas por meio de compra da dívida, refinanciamento ou portabilidade, prometendo 10% do saldo devedor para a vítima. Na verdade, o grupo pegava os dados pessoais para fazer um novo empréstimo. Quando o valor era creditado em conta, a vítima, surpresa com o valor superior ao combinado, devolvia o excedente à empresa dos criminosos.

Uma das vítimas ficou com uma dívida de R$ 327,6 mil. Os principais alvos do grupo eram militares, aposentados, pensionistas e servidores públicos. Eles chegavam a ser ameaçados para não denunciar o golpe, segundo a Polícia Civil.

A Justiça também determinou o sequestro de bens e bloqueio de R$ 1,4 bilhão das contas dos denunciados. Também foram suspensas a atuação empresarial dos acusados e das pessoas jurídicas envolvidas no esquema.

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