A Polícia Civil pretende começar a ouvir nesta terça-feira (29) as testemunhas oculares e os militares do Grupamento de Operações Aéreas (GOA) de Alagoas sobre o desastre aéreo que terminou com a morte de quatro militares, na semana passada, em Maceió.
De acordo com o delegado Acácio Junior, as investigações estão apenas iniciando e muitas oitivas terão que ser cumpridas. “Nós intimamos cinco testemunhas oculares, que poderão ajudar a esclarecer o que causou o acidente. Além deles, deveremos ouvir os integrantes do GOA, que já entraram em contato conosco e se colocaram à disposição”, disse.
O delegado explicou que, como não havia caixa-preta na aeronave, as conversas mantidas entre os tripulantes e a torre de controle durante a operação da qual o Falcão 2 participava podem ser reveladoras sobre o caso.
“Todas as manobras que eles [pilotos] fazem têm que ser comunicadas, e isso pode ter sido realizado pelo rádio. Então, mesmo que não haja registro dessas conversas, os depoimentos poderão ser esclarecedores”, disse o delegado. Ele explicou ainda que vai apurar se há backups dos diálogos entre os pilotos e a central em terra.
Acácio Júnior ainda solicitou os laudos das perícias estadual e a do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes (Seripa), que darão subsídios à investigação. “As perícias já foram solicitadas mesmo eu tendo sido informado pela Seripa que o laudo deve ficar pronto em aproximadamente um ano”, explicou.
Para o delegado, ainda é prematuro definir qualquer linha para a investigação, mas ele adiantou que as informações colhidas dão conta de que a aeronave estava com a manutenção em dia.
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