Polícia indicia 12 por morte de torcedor do CSA espancado; seis ainda estão foragidos

Publicado em 22/06/2023, às 12h45
Pedro Lúcio, o Peu, tinha 47 anos | Foto: Reprodução
Pedro Lúcio, o Peu, tinha 47 anos | Foto: Reprodução

Por Eberth Lins

O inquérito que apura as circunstâncias da morte do torcedor do CSA, Pedro Lucio dos Santos, o Peu, que morreu em maio deste ano, três dias depois de ser agredido por mais de uma dezena de torcedores do CRB, foi concluído pela Polícia Civil (PC). Doze integrantes da torcida organizada do Galo, entre eles, dois menores de idade, foram autuados por homicídio duplamente qualificado. Aos 10 maiores de idade, pesa ainda a autuação de corrupção de menores pela participação dos dois adolescentes no crime.

Dos doze autuados, somente quatro estão presos. Os adolescentes respondem em liberdade e outros seis ainda estão nas ruas e são considerados foragidos da Justiça.  As informações foram repassadas pelos delegados Rosymeire Vieira e Lucimério Campos, que investigaram o caso, durante coletiva de imprensa, no início da tarde desta quinta-feira (22).

Na oportunidade, Campos disse que os suspeitos fazem parte, na verdade, de "torcida desorganizada" e que têm como único viés o "cometimento de crimes". "A segurança pública e sociedade alagoana não vão mais tolerar esse tipo de ação, seja por torcida de time A ou B. Elas [ as torcidas organizadas ] sequestram as imagens deste clubes para cometimento de crimes, elas existem somente para praticar crimes", afirmou o delegado.

A delegada Rosymeire Vieira detalhou como se deu o espancamento e disse que o crime foi "orquestrado" pelos integrantes da organizada. "Ele foi uma vítima aleatória e o motivo foi trajar a camisa [ do CSA] nas imediações onde estavam os integrantes da outra torcida. Tudo foi previamente orquestrado, naquele dia eles transitaram na cidade, chegaram a espancar outras pessoas", frisou.

Peu era apaixonado pelo CSA e foi espancado nas proximidades do Estádio Rei Pelé, no Trapiche da Barra, no dia 4 de maio. Conforme a polícia, agressões partiram de membros de uma torcida organizada do CRB. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no dia 07 de maio, no Hospital Geral do Estado (HGE).

Gostou? Compartilhe