A Polícia Federal (PF) foi acionada para investigar um suposto crime eleitoral contra uma urna eletrônica de Vera Cruz, município gaúcho do Vale do Rio Pardo, neste domingo (30). A máquina foi danificada de forma deliberada por um eleitor durante o pleito: teve uma das teclas colada, a de número 3, impossibilitando o voto dos demais eleitores no candidato que tem tal número em sua legenda.
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A situação foi observada por uma pessoa que tentava votar no partido. Ela avisou os mesários, que realizaram a substituição do equipamento. Após uma primeira checagem das equipes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS), foi constatada a presença de rastros do grude usado para inviabilizar o uso do botão.
Com o número trancado, o equipamento acabou substituído, e será necessária a transmissão dos dados computados em ambas as urnas. O TRE-RS garante que será mantida a isonomia do processo, com o envio de todos os votos registrados.
O ato é criminoso e pode resultar em prisão, segundo a juíza eleitoral Josiane Estivalet, da 162ª Zona Eleitoral de Santa Cruz do Sul, que abrange o município de Vera Cruz. O artigo 339 do Código Eleitoral prevê que “destruir, suprimir ou ocultar urna contendo votos, ou documentos relativos à eleição” tem pena prevista de reclusão de dois a seis anos. Há ainda aplicação de multa.
Caso o autor do delito seja membro ou funcionário da Justiça Eleitoral, a punição é agravada, determina outro parágrafo do artigo do Código Eleitoral.
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