A Polícia Federal (PF) convocou entrevista coletiva nesta quinta-feira (21) para detalhar a Operação Lágrimas de Sal, ação que empregou um grande efetivo para cumprir 14 mandados de busca e apreensão na sede da Braskem, em Maceió, e em endereços ligados à mineradora no Rio de Janeiro e Aracaju, em Sergipe.
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A coletiva está prevista para ter início às 10h, no auditório da PF, no bairro Jaraguá, em Maceió. A Operação Lágrimas de Sal apura crimes cometidos no decorrer dos anos pela exploração de sal-gema feita pela Braskem.
De acordo com a PF, entres os crimes cometidos pela mineradora está a apresentação de dados falsos e omissão de informações relevantes aos órgãos públicos responsáveis pela fiscalização da atividade.
Os investigados poderão responder pelos crimes de poluição qualificada, usurpação de recursos da União, apresentação de estudos ambientais falsos ou enganosos, por omissão e outros delitos.
Dos 14 mandados, 11 devem ser cumpridos na capital alagoana, dois no Rio de Janeiro e um em Aracaju. Todos foram expedidos pela Justiça Federal do Estado de Alagoas. A PF também já adiantou que há indícios de que as atividades de mineração não seguiram os parâmetros de segurança previstos na literatura científica.
Procurada, a mineradora informou ao TNH1 que está à disposição das autoridades; veja:
Desde a abertura do inquérito conduzido pela Polícia Federal em 2019, integrantes e ex-integrantes da Braskem já foram chamados a prestar esclarecimentos e compareceram nas datas marcadas.
Sempre que solicitados, documentos e relatórios em poder ou de conhecimento da empresa também foram prontamente enviados. A empresa vem agindo com diligência e transparência, como sempre atuou.
Durante todo o período em que houve extração de sal-gema em Maceió, as técnicas disponíveis e apropriadas no momento foram empregadas, sempre acompanhadas e fiscalizadas pelos órgãos públicos competentes e com as licenças de operação correspondentes.
A Braskem está acompanhando a operação da PF conduzida nesta manhã (21 de dezembro) e informa que continua à disposição das autoridades. Entretanto, por se tratar de inquérito que corre em sigilo, a Braskem não pode se manifestar sobre detalhes das investigações em curso.
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