O misterioso desaparecimento da fotógrafa havaiana Hannah Kobayashi, que saiu de seu estado natal em direção a Nova York e desapareceu durante uma conexão em Los Angeles foi elucidado pela polícia, mas a aura de mistério e tragédia envolvendo seu sumiço apenas deixaram sua família mais confusa. Ryan, o pai da mulher de 30 anos, tirou a própria vida ao se jogar do alto do estacionamento do aeroporto após se dizer "sem esperanças" em descobrir seu paradeiro.
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Os agentes acabaram descobrindo o destino e a motivação que levaram Hannah a sumir depois de terem descoberto imagens de segurança da fronteira entre os Estados Unidos e a cidade mexicana de Tijuana, a cerca de 233 quilômetros de distância do aeroporto. Ela estaria sã e salva entre 12 e 13 de novembro, cerca de um dia depois de seu desaparecimento e 11 dias antes de seu pai tirar a própria vida.
A polícia passou a considerar Hannah como uma "pessoa desaparecida voluntariamente" e, de acordo com "entrevistas com testemunhas, vigilância por vídeo revisada" e colaboração com a polícia local - definiriam suas motivações em deixar os Estados Unidos.
O relatório divulgado pela polícia de Los Angeles aponta que Hannah "partiu conscientemente" do aeroporto internacional de Los Angeles (LAX) após despachar sua mala para seu voo de conexão para Nova York de Maui e foi para uma rodoviária no mesmo dia e usou seu passaporte para comprar uma passagem de ônibus para a fronteira.
Na manhã seguinte, ela pegou o ônibus para San Ysidro, Califórnia, antes de cruzar a divisa entre os EUA e o México. Os investigadores afirmam que não há evidências de tráfico humano ou crime e observou que a própria Kobayashi parecia querer uma vida menos complicada.
"Os investigadores observaram que antes de partir de Maui, Kobayashi expressou o desejo de se afastar da conectividade moderna", disse o departamento de polícia em um comunicado e que o novo status dado ao caso foi feito para garantir o "seu direito à privacidade".
"O Departamento de Polícia de Los Angeles [LAPD] continua atento às preocupações com a privacidade, ao mesmo tempo em que garante que todas as ações investigativas sejam conduzidas dentro dos limites dos padrões legais e éticos", acrescentou o comunicado. A polícia não levará adiante sua investigação, mas está em alerta para o seu possível retorno ao país, quando espera um contato para "confirmar seu bem-estar".
A polícia já havia considerado a perda da conexão de Hannah em Los Angeles como "intencional" - ela iria a Nova York encontrar parentes -, mas a família notou um comportamento estranho na mulher em imagens de câmera de segurança. A família inclusive mencionou que nunca teve acesso ao material que levou a polícia a tirar essa conclusão. A irmã da fotógrafa, Sydni disse à revista People que a família "não estava ciente das supostas descobertas apresentadas na reunião da Comissão de Polícia de Los Angeles até que vários vídeos da reunião nos foram enviados por vários cidadãos". "Não quero criticar o LAPD. Não quero desacreditá-los se eles estão fazendo o que estão fazendo. Mas, neste momento, isso nos deixa muito confusos", afirmou ela ao Hawaii News Now. "Com a morte do meu pai, com isso acontecendo em todos os lugares, em seu estado de espírito correto, ela nunca teria pensado em não entrar em contato com ninguém", completou.
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