Polícia Civil conclui inquérito de queda de helicóptero em Alagoas sem apontar causa

Publicado em 15/12/2015, às 13h19
Imagem Polícia Civil conclui inquérito de queda de helicóptero em Alagoas sem apontar causa

Por Redação

Delegado Manoel Acácio aguarda laudos do Seripa e do IC (Crédito: TNH1)

Delegado Manoel Acácio aguarda laudos do Seripa e do IC (Crédito: TNH1)

A Polícia Civil alagoana concluiu o inquérito da queda do helicóptero da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP), que ocorreu no dia 23 de setembro deste ano, matando quatro militares.

Em entrevista nesta terça-feira (15) ao TNH1, o delegado Manoel Acácio Júnior revelou que os elementos que coletou durante os três meses de investigação são insuficientes para apontar falha humana, mas comprovam a ausência de falha técnica.

Ele afirmou que foram ouvidos 14 depoimentos e analisados documentos. O certificado da aeronave, uma espécie de licenciamento, tinha validade até 5 de agosto de 2020. A habilitação do piloto, Milton Carnaúba Torres Paiva, tinha validade até fevereiro de 2016.

E as manutenções da aeronave, tanto a anual, quanto a de 100 horas de voo, estavam em dia.

Pendências

Ele pretende enviar o laudo à Justiça, porém com duas importantes pendências. A primeira delas é o laudo do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa).

O documento é a conclusão feita pela equipe da Aeronáutica a partir da análise dos escombros do helicóptero. Peças coletadas em Maceió estão, inclusive, com a equipe, e as respostas solicitadas pelo delegado ainda não puderam ser respondidas.

A segunda pendência é um laudo do Instituto de Criminalística sobre os fragmentos de armas encontrados no local do acidente. “Espero que os fragmentos sejam relacionados às armas destruídas, até para podermos mandar dar baixa no Sistema Nacional de Armas”, disse Acácio.

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Causas da morte

Os laudos do Instituto Médico Legal revelaram à polícia a causa da morte dos tripulantes da aeronave. Com exceção do piloto, Milton Carnaúba, que morreu carbonizado, todos os demais - Mário Henrique de Oliveira Assunção, Marcos de Moura Pereira e Diogo de Melo Gonzaga - morreram por traumatismo craniano. “O que mostra que morreram em consequência da queda”, apontou o delegado.


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