Polícia apreende material usado em fraudes de concursos em Alagoas e Pernambuco

Publicado em 20/06/2023, às 10h57
Márcio Ferreira/Secom
Márcio Ferreira/Secom

Por TNH1 com PC-AL

A Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), da Polícia Civil de Alagoas, deflagrou na manhã desta terça-feira, 20, a “Operação Loki 2”, que tem por objetivo desarticular uma organização criminosa que agia na prática de fraudes a concursos públicos da Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, ocorridos nos estados de Alagoas e Pernambuco. Durante a operação, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão.

A Operação dá seguimento às investigações da “Operação Loki”, deflagrada em outubro de 2021, a qual indiciou 77 pessoas no inquérito que investigou as fraudes em Alagoas e mais três estados. Dentre os suspeitos, estão os criminosos que integravam a quadrilha e os concurseiros que compraram os gabaritos com o objetivo de conseguir aprovação de forma ilegal. 

As investigações da "Loki 2" vêm sendo realizadas há cerca de oito meses e ficaram voltadas para pessoas que captam os clientes e organizam as fraudes. Segundo informações do delegado Igor Diego, coordenador da Deic, a ação policial foi dividida em dois núcleos: no estado de Alagoas, onde ficou centrada nas cidades de Maceió, Joaquim Gomes, Colônia Leopoldina e Arapiraca. Já em Pernambuco, a ação ocorreu nas cidades de Recife, São Lourenço da Mata, Toritama e Limoeiro. 

Na operação, foram apreendidos diversos equipamentos eletrônicos, como celulares e notebooks.

Veja o que foi descoberto - Com as investigações, foi revelado que a organização criminosa tinha um esquema de hierarquia. Dentre eles, o líder - que definia os valores a serem pagos pelo candidato -, as pessoas que se inscreviam nos concursos para obterem e fotografarem as provas, além dos que forneciam os equipamentos (pontos eletrônicos e cartões magnéticos) e faziam as respostas chegar aos candidatos.

A Polícia Civil de Alagoas contou com o apoio da Polícia Civil de Pernambuco. Na execução da operação, foram empregados cerca de 100 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães dos Estados de Alagoas e Pernambuco.

Relembre a primeira fase da Operação - A operação denominada "Loki" desarticulou um grupo suspeito de burlar concursos públicos em pelo menos quatro estados, sendo eles: Alagoas, Pernambuco, Sergipe e Paraíba. Após as investigações policiais, foi apontado que a aprovação por meio da fraude poderia chegar a R$ 100 mil. 

Até maio de 2022, segundo apuração da reportagem, foram cumpridos 83 mandados, entre prisões, busca e apreensão, nos quatro estados (Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Sergipe). O líder da organização criminosa - um ex-policial militar alagoano - foi preso na cidade de João Pessoa, na Paraíba.

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