O prefeito João Henrique Caldas (PL) passa a semana na Europa e na sua ausência surge mais um episódio desabonador da gestão municipal.
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Primeiro, foi o início da instalação, na madrugada desta quinta-feira, da estrutura de uma árvore de Natal no Marco Costa dos Corais, área pertencente ao governo estadual, sem autorização do Estado, que conseguiu sustar os trabalhos.
Segundo, nesta sexta-feira, os vereadores Joãozinho e Zé Márcio Filho foram impedidos de inspecionar o Hospital do Coração, recentemente adquirido pela Prefeitura de Maceió para ser o Hospital da Cidade.
Os dois chegaram a ir até a Central de Flagrantes da Polícia Civil, registraram um Boletim de Ocorrência por não terem condições de concluir a inspeção e voltaram acompanhados de força policial.
Neste exato momento estão tentando acesso ao Hospital do Coração.
Segundo o vereador Joãozinho, na verdade o Hospital do Coração ocupa (ou deveria ocupar) dois prédios no bairro do Farol, um com cinco andares, que têm três pavimentos funcionando e dois não, e outro com nove andares, que não tem equipamentos.
Ele garante que a sua disposição de ir até o final é irreversível:
“Não temos como retroceder. No prédio menor, o funcionamento em três andares é normal, inclusive com recepção e parte da UTI em atividade. No outro, maior, nos dois pavimentos aos quais tivemos acesso só tem mesmo o esqueleto, a estrutura, e nenhuma mobília ou equipamento. Vamos conseguir o acesso, nem que seja por ordem judicial.”
A Prefeitura de Maceió investiu cerca de R$ 260 milhões na aquisição do Hospital do Coração, para a partir de janeiro transformá-lo em Hospital da Cidade, e, por iniciativa de opositores do prefeito JHC, a questão está sendo judicializada.
Sobre essa polêmica a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Maceió acaba de emitir a seguinte nota, da Comissão de Transição do Hospital do Coração para Hospital da Cidade:
“O que Maceió viu hoje, por parte de alguns integrantes da bancada de oposição na Câmara Municipal, é um exemplo da politização antecipada e absolutamente desrespeitosa com a população. Parlamentares tentando invadir um hospital, sem levar em conta a segurança de pacientes e profissionais de saúde, é uma ação que merece o repúdio de toda a sociedade. O complexo médico Hospital do Coração passará a ser um equipamento 100% público no início do ano que vem, como já foi dito diversas vezes. Estamos em pleno momento de transição, com a unidade funcionando e atendendo pessoas, muitas delas em tratamentos de alta complexidade. Os próprios vereadores sabem que há um Grupo de Transição instalado, nomeado pelo Executivo, que está cuidando deste processo e apto para ceder todas as informações. Tentar entrar à força num hospital só comprova o caráter eleitoreiro do ato.”
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