Atualmente, existem doze medicamentos fitoterápicos aprovados e ofertados no SUS, e outras 71 plantas que estão na fila para estudos e têm potencial para serem medicamentos.
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Uma dessas plantas é a Arrabidaea Chica, conhecida popularmente como Crajiru. Comum na Floresta Amazônica, tem propriedades anti-inflamatórias. Algumas tribos indígenas usam o chá contra a conjuntivite. Além disso, também é usada no combate à anemia, por conter alto teor de ferro nas suas folhas.
Segundo o professor do Departamento de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Idivaldo Micali, a Portaria 971 do Ministério da Saúde reconheceu em 2006, as plantas medicinais como uma das práticas complementares de saúde. Três anos depois, surgiram os Fitoterápicos, os medicamentos que compõem a prática, e a Relação Nacional de Plantas Medicinais de interesse do SUS, RENISUS. O objetivo da relação é servir de base para pesquisas nessa área. As espécies que estão na lista foram avaliadas segundo as categorias do Código Internacional de Doenças (CID-10).
O professor está otimista com a entrada de novos medicamentos fitoterápicos para a oferta do SUS, mas reconhece as dificuldades para atingir o objetivo final. “Para que um produto chegue até essa classificação, segue por várias etapas. Por exemplo, antes de aplicar em um indivíduo para observar o resultado, eu tenho que ter passado pela fase dois, que acontece numa cultura celular”, esclarece.
Segundo o pesquisador, o investimento financeiro na área é pouco. “Se eu divulgar, por exemplo, que quero desenvolver uma nova droga, e que ela é promissora, e que é muito cara, vai chover laboratório para investir na pesquisa, mas se for um produto alternativo, e não tiver ainda uma demanda importante, eu vou ter dificuldade”, explica.
A lista completa de plantas que compõem a RENISUS está disponível na página portalms.saude.gov.br
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