Sindicatos e associações de diferentes categorias do funcionalismo público voltaram a se fazer presentes na Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas (ALE-AL), para acompanhar a sessão desta quarta-feira (24), onde poderia ser votado o Projeto de Lei (PL) que prevê a fixação dos valores de adicionais de insalubridade e periculosidade dos servidores estaduais.
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Mas a votação deve ficar somente para a próxima terça-feira. Isso porque o deputado Rodrigo Cunha (PSDB), que havia pedido vista do projeto na semana passada, ainda não recebeu o processo.
Após pressão dos servidores e ocupação das cadeiras do plenário da Assembleia, os deputados já adiaram por duas vezes a votação do Projeto. De acordo com o deputado, “o PL só poderá entrar em votação após ele ser devolvido à comissão que está em dialogo com os servidores”, disse, em entrevista ao TNH1 na última semana.
"Numa primeira análise detectei alguns pontos que devem ser amadurecidos e vou apresentar emendas, por isso pedi vista. O Governo do Estado não mostra nenhuma atenção com o servidor, sem valorizar com reajuste salarial e ainda retira o adicional que é um complemento da renda de muitos desses profissionais. É um corte para baixo. Situações como essa nos fazem refletir a importância de toda sociedade estar envolvida" - afirmou Rodrigo Cunha.
Para o vice-presidente da Associação dos Servidores da Polícia Civil, Hebert Melanias, que reivindica a inclusão da categoria entre os funcionários públicos que recebem o adicional, o momento de união das diferentes categorias dos servidores é único. “A única divergência é que alguns querem vetar totalmente e outros querem prosseguir desde que seja alterada a indexação e colocada da forma correta, mas o movimento dialoga constantemente e é unificado”.
O deputado Gilvan Barros Filho, também do PSDB, se mostra a favor do diálogo com os servidores. “Eles tem um direito, é justo e é preciso que o Governo do Estado [autor da proposta] tenha sensibilidade para entender a questão dos servidores, que estão abertos à discussão e só não querem que as portas fechadas, aceitando o não de primeiro impacto. Deixaram transparecer pra gente que querem chegar em um denominador comum. Eles contam com o meu apoio”, afirma.
Vigília
Servidores da própria Assembleia, também protestaram na Casa Tavares Bastos nesta quarta. Eles realizaram uma vigília na porta do prédio, para, segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Legislativo de Alagoas (STPLAL), Zilneide Lages, mostrar à mesa-diretora que o movimento é pacífico e ordeiro, mas que terá continuidade.
“É uma paralização. Nós não podemos fazer greve de advertência em dias seguidos e já fizemos ontem. É um movimento ordeiro em busca dos nossos direitos”, diz.
A categoria reivindica o pagamento de 15% da data-base de 2010 a 2015, além do pagamento de férias. Segundo Zilneide, uma reunião está marcada para esta quinta-feira (25) junto à mesa-diretora da Assembleia, para discussão das pautas.
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