Pinguim é resgatado após dias 'perdido' no mar de Cabo Frio

Publicado em 26/06/2022, às 22h01
Bruno Dias Nunes / Arquivo Pessoal
Bruno Dias Nunes / Arquivo Pessoal

Por LORENA BARROS / FOLHAPRESS

Um pinguim que estava "perdido" na região da Boca da Barra, em Cabo Frio (RJ) foi resgatado por um professor de canoagem havaiana e por uma aluna dele na tarde desta sexta-feira (24).

O bicho estaria há cerca de uma semana na região, sozinho, e chamando atenção de banhistas e pescadores do local, mas mostrou sinais de que não estava com boa saúde.

"Parei próximo à Boca da Barra e comentei com uma aluna que tinha um pinguim a semana inteira aparecendo por ali. Aí o pescador que estava na área falou: 'olha ele aqui, o bichinho está aqui quase morto, parado, cansado para caramba'", conta em conversa com a reportagem o professor Bruno Dias Nunes.

O pinguim foi colocado na canoa do professor sem oferecer qualquer resistência para ser levado até a costa. Por causa dos sinais de debilitação do animal, o professor resolveu acionar o CTA Meio Ambiente, órgão que lida com os animais marinhos no Rio de Janeiro e no Espírito Santo.

Ele foi orientado a aquecer o bicho até a chegada das equipes de resgate e o entregou para as equipes do CTA poucos minutos depois.

A reportagem entrou em contato com o CTA em busca de informações sobre as condições atuais do pinguim e aguarda retorno sobre o assunto. Segundo o próprio CTA, os animais resgatados pelas equipes na costa brasileira costumam ser levados aos Centros de Reabilitação e Despetrolização, onde passam por exames e tratamentos até terem condições de voltar à natureza.

O resgate realizado ontem ocorreu menos de uma semana após o professor Bruno encontrar uma tartaruga com sinais de engasgamento na mesma região. Ela também foi entregue ao CTA.

Pinguins no Rio de Janeiro - No período entre junho e outubro, não é raro ver pinguins na Região dos Lagos do Rio de Janeiro.

Os pinguins-de-magalhães, porém, costumam circular nas imediações do Arraial do Cabo, a cerca de 10 quilômetros de distância de Cabo Frio. Eles são originários das Ilhas Malvinas, Argentina e Chile, mas vêm para o sudeste brasileiro tentando fugir do frio extremo da região da Patagônia. Alguns ficam encalhados porque chegam exaustos após quilômetros de viagem.

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