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Petrobras busca um sócio para comprar a parte da Novonor (antiga Odebrecht) na Braskem

Em 1 de Março de 2024 às 00:17
A Braskem passa por uma fase difícil, buscando ainda fechar acordo com os prejudicados pelo afundamento do solo em bairros de Maceió, causado pela exploração de sal-gema e alvo de uma CPI no Senado, mas continua viva no mercado.
Apesar da situação, empresas do exterior continuam interessadas em participar do controle acionário da petroquímica, inclusive em parceria com a Petrobras, que tem sua fatia de ações na empresa.
É o que explicam os jornalistas Gabriel Vasconcelos e Denise Luna, em matéria no “Estadão”:

“O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que a ideia da estatal não é exercer o direito de preferência para compra da fatia da Novonor (ex-Odebrecht) na petroquímica Braskem.

‘A intenção não é exercer o direito de preferência (de compra na Braskem), mas ter um sócio. Temos a intenção de participar de petroquímica, todas as empresas de petróleo estão andando nessa direção. (Na Braskem) é natural que surja uma nova estrutura, que, com um sócio de mesmo tamanho, tenhamos uma cogestão’, disse Prates.

As afirmações foram feitas em evento de lançamento da fase de implantação da tecnologia Hisep, de separação e reinjeção de gás em reservatórios no fundo do mar.

Ele afirmou que a conduta tem sido de aproximação com eventuais futuros sócios da Petrobras na Braskem, caso da Adnoc, dos Emirados Árabes, visitados por Prates em viagem durante o carnaval. A empresa já fez uma proposta não vinculante de R$ 10,5 bilhões pela fatia de 38,3% do capital total da Braskem pertencente à Novonor.

Prates admitiu ter se reunido com executivos da companhia árabe mais uma vez nos últimos dias, mas disse que as tratativas não se resumem à Braskem e abarcam toda possibilidade de parcerias e cooperação.

‘Não somos nem vendedores e nem compradores dessa outra parte (da Novonor). Estamos parados, observando, e tendo conversas paralelas sem influenciar nesse processo, para saber quem pode ser nosso novo sócio. Temos acompanhado muito de perto, mas as informações são confidenciais’, disse Prates.

Segundo o executivo, não há prazos determinados para o fim do processo de ‘due diligence’ relativo à Braskem, e outras propostas ainda podem surgir.

‘A PIC (estatal de petróleo do Kuwait) nos perguntou sobre Braskem, abordou a Novonor, mas ainda não fez proposta’, exemplificou Prates.”

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