Uma equipe de cientistas da Universidade de St. Andrews, no Reino Unido, desenvolveu um laser de membrana ultrafina utilizando semicondutores orgânicos, de maneira que abrirá caminhos para o desenvolvimento de lasers oculares. A inovação, divulgada na última terça-feira (1º), é pela primeira vez compatível com os requisitos para operação segura no olho humano. Apesar de superfina e flexível, ela é durável e manterá suas propriedades ópticas mesmo depois de vários meses gastos em outro objeto, como uma nota de banco ou uma lente de contato.
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Segundo um artigo publicado na revista Nature Communications, as pesquisas demonstram que a maior parte dos lasers semicondutores orgânicos tem sido, até o momento, relativamente rígida e volumosa, limitando suas aplicações. Já a recente criação é diferente, como explica o professor Ifor Samuel: “ao flutuar uma fina película de plástico de um substrato, fizemos alguns dos lasers menores e mais leves do mundo e os colocamos em lentes de contato e notas de banco”.
O laser ocular, que até o momento foi testado apenas em olhos de vaca, é capaz de identificar linhas nítidas em um fundo plano. "Variando os materiais e ajustando as estruturas de grade do laser, a emissão pode ser projetada para mostrar uma série específica de linhas nítidas em um plano de fundo plano – os uns e zeros de um código de barras digital", explicou Markus Karl, que é pesquisador no assunto.
Malte Gather, membro da equipe e professor, disse: “Nosso trabalho representa um novo marco no desenvolvimento do laser e, em particular, aponta o caminho para como os lasers podem ser usados em ambientes inerentemente suaves e dúcteis, seja em sensores vestíveis ou como um recurso de autenticação em notas bancárias”.
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