O aparecimento de fragmentos de óleo em cinco praias do território alagoano alerta para um dano, por enquanto, contínuo e incalculável, segundo relatório divulgado nessa terça-feira (07) pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
LEIA TAMBÉM
Passados oito meses do surgimento de grandes manchas de óleo em diversas praias do Brasil, Alagoas registrou, no último mês de junho, mais fragmentos nas praias de Japaratinga, Maragogi, Ipioca, Lagoa do Pau e Coruripe.
De acordo com o coordenador da força-tarefa que investiga os danos causados pelo derramamento do óleo na Ufal, o professor Emerson Soares, os fragmentos coletados no último mês são do mesmo tipo do registrado em setembro do ano passado.
“Nós coletamos amostras na Praia de Magagogi e identificamos que o tipo de óleo é o mesmo. O que difere são as substâncias químicas, justamente por conta do processo de degradação ao longo desses meses”, explicou.
O pesquisador chamou atenção para o dano contínuo e ainda não dimensionado do derramamento de óleo nas praias de Alagoas. “Esse óleo tem o mesmo DNA e, embora tenha perdido alguns componentes químicos, ele continua trazendo malefícios para o meio ambiente”, alertou.
Nós ainda vamos monitorar esse óleo até 2022 e quem sabe até por mais tempo. Não sabemos quanto de óleo ainda existe nas praias, mas a certeza é de que ele segue causando danos”, acrescentou.
No mês passado, a Marinha informou que está monitorando o surgimento de novos fragmentos e que amostras foram enviadas para análise no Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira, no Rio de Janeiro, onde especialistas analisam elementos que possam identificar a origem do produto.
LEIA MAIS
+Lidas