As mudanças no estilo de vida dos homens, que vêm ocorrendo nos últimos anos, reduzem também a qualidade e quantidade de espermatozoides que eles produzem. O resultado é uma queda na sua taxa de fertilidade. Foi isso que comprovou pesquisa feita pelo Dr. Edson Borges Jr.,especialista em reprodução humana assistida e diretor científico do Fertility Medical Group.
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O estudo foi feito com 2.300 homens, em duas épocas: entre os anos 2000 a 2002 e entre 2010 a 2012. Separados por uma década, todos tinham problemas de fertilidade. Os resultados foram que, no primeiro período, o número de espermatozoides em cada ejaculação era de 61 milhões. No segundo, de apenas 27 milhões. Uma queda bastante expressiva.
O mesmo ocorreu em relação à sua forma. Do total de espermatozoides contidos em uma ejaculação, apenas uma percentagem muito pequena é viável, cerca de 4%. Na amostra do primeiro período, a média era de 4,6%. Uma década depois, caiu para 2,7%.
Outro dado da pesquisa que assustou os médicos envolvidos no estudo foi que, há dez anos, o número de homens com oligozoospermia (diminuição do número de espermatozoides) era de 16% dos participantes. Dez anos depois, aumentou para 30%. Já aqueles com azoospermia (sem espermatozoides) cresceu de 5% para 8,5%. E os fatores responsáveis para esses números foram o tempo e o atual estilo de vida.
Mas o que os homens podem fazer para mudar esse quadro? Dr. Borges sugere: procurar um nutricionista e melhorar a alimentação, fazer exercícios físicos, controlar o peso, evitar ou reduzir o estresse, não usar drogas, como o cigarro e o álcool.
Outros fatores, infelizmente, parecem não ter solução: poluição ambiental, contaminação da água, irradiação. Situações, então, que já foram comprovadas e que alteram outros órgãos, também comprometem a função testicular na produção de espermatozoides. Portanto, façam a sua parte, melhorando seus hábitos e tendo uma melhor qualidade de vida. Sua fertilidade agradece!
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