Perito detalha dinâmica do tiro que atingiu e matou padeiro em Cruz das Almas

Publicado em 04/10/2019, às 09h53
Arquivo
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Por João Victor Souza

O perito José Veras Neto, responsável pelo laudo pericial da morte do padeiro Marcos Firmino dos Santos, baleado em Cruz das Almas, no último dia 22, conversou com o TNH1 na manhã desta sexta-feira, 04, e deu mais detalhes sobre a dinâmica do fato. 

Ele reforçou que o motociclista trafegava pela Avenida Gustavo Paiva na faixa de rolamento da esquerda, no sentido Mangabeiras, quando foi baleado, em frente a um estabelecimento comercial. Segundo Veras Neto, o projétil entrou no corpo da vítima de cima para baixo, no lado do peito, e ficou alojado na região lateral do tronco, abaixo do tórax. 

"Pelos elementos que encontramos, a bala entrou no sentido da direita para a esquerda, de lado no peito, de cima para baixo, inclinado. Isso mostra que o atirador estava no plano superior, como está no vídeo", disse.

Veja o vídeo:

Ainda segundo o perito, é possível identificar um rastro de sangue na avenida após o crime, devido ao deslocamento da moto. "Ele tombou após fazer um movimento circular com o veículo. Ele foi atingido e caiu. A moto estava com muito sangue", relatou.

Veras Neto também contou que as cápsulas deflagradas pelo atirador foram recolhidas pela Polícia Civil por medida de segurança e, por isso, não pôde avaliar os locais em que as balas pararam. "A perícia não fica com o material. A polícia nos envia em ofício", explicou o perito.

O laudo pericial foi concluído no início da semana e entregue à Polícia Civil nessa quinta-feira, 03, para ser anexado ao inquérito que investiga o crime.

O caso

Marcos Firmino dos Santos foi atingido pelos disparos efetuados pelo cabo Clevison de Almeida Teixeira, dia 22. O militar confessou o crime quando prestou depoimento à polícia.

Ele disse que atirou cinco vezes contra supostos bandidos, e que agiu para proteger pessoas que estavam sendo roubadas.

A arma usada por ele, que fazia um bico de segurança em uma loja em Cruz das Almas, é de propriedade da Polícia Militar. Na sexta-feira (27), o Comandante-Geral da PM determinou uma investigação do caso, publicada no Boletim Geral Ostensivo (BGO) da corporação.

No dia 1º de outubro, a Justiça decidiu pela suspensão do exercício da função do cabo e suspensão do porte de arma. Ele segue afastado da Polícia Militar.

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