Perícia diz que helicóptero que caiu não apresenta marcas de tiros

Publicado em 25/09/2015, às 16h33
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Por Redação

Peritos da FAB recolhem peças (Crédito: TNH1)

Peritos da FAB recolhem peças (Crédito: TNH1)

Os peritos do Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Seripa II), órgão ligado à Aeronáutica, encerraram nesta sexta-feira (25) os primeiras trabalhos de perícia no helicóptero da Segurança Pública, que caiu na última quarta no bairro Santa Lúcia, em Maceió, vitimando quatro militares. Entre as principais constatações feitas no local do acidente, estão a de que não há indícios de que a aeronave tenha sido atingida por disparos de arma de fogo, e que ela teria sido manobrada de uma forma “diferente” no sobrevoo à área do Aeroclube.

José Roberto Mendes, coronel e coordenador da equipe que esteve em Maceió, informou que todas as peças encontradas no local do acidente foram recolhidas para um hangar no Aeroporto Zumbi dos Palmares. Destas, nenhuma - segundo o coronel -, apresenta indícios de perfurações, descartando assim a possibilidade de que a aeronave tenha sido atingida por disparos de arma de fogo.

“Apesar do desgaste das peças, provocado pelas chamas, todo o material recolhido por nós não apresentou marcas de tiro, afastando então a possibilidade de ela ter sido abatida. Pode ser que em laboratório encontremos algo, mas isso só as pesquisas mais detalhadas podem afirmar”, alegou.

Ele explica que os componentes foram fotografados, catalogados e ficam à disposição da equipe para posteriores averiguações.

“Arremeteu à esquerda”

Em relação à manobra, o coronel José Roberto Mendes informou que, na região próxima ao acidente, é comum que os pilotos arremetam – em casos onde o vento apresente instabilidade – à direita das pistas, no caso, a do Aeroclube. O piloto, porém, com base nas marcas do acidente, teria tomado a direção contrária.

“De fato, é o procedimento padrão, ir à direita. Queremos entender o porquê de ele ter ido no sentido contrário. Ainda é uma fase muito preliminar de investigação, porém, esse é um fato que precisa ser levado em consideração”, concluiu.

Além dos peritos do Seripa II, o material recolhido também será analisado por engenheiros da empresa fabricante do Helicóptero, bem como engenheiros especializados em aeronaves vindos de São Paulo. O prazo, porém, ainda não foi estipulado.


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