Pela 1ª vez na pandemia, Salvador tem quase 100 pessoas esperando regulação de leitos

Publicado em 02/03/2021, às 14h03
Imagem de ilustração | Mario Oliveira / Secom Manaus
Imagem de ilustração | Mario Oliveira / Secom Manaus

Por G1

Nesta terça-feira (2), pela primeira vez durante a pandemia, Salvador registrou 96 pacientes aguardando regulação para um leito de hospital. Desse total, 54 são pacientes que necessitam de atendimento em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Salvador tem 85% de ocupação dos leitos de UTI para adultos. O secretário de Saúde do município, Léo Prates, explicou que ainda durante a manhã três pessoas foram reguladas. Ele voltou a falar que esse é o momento mais crítico da pandemia na capital.

“Pela primeira vez chegamos a baixar, estamos com 93 [pacientes a serem regulados]. Esse é o primeiro dia em que chegamos a [quase] 100 solicitações de regulação, só nas UPAs municipais".

“É o momento mais crítico e mais duro", disse Léo Prates.

O secretário disse ainda que há previsão de uma folga nos leitos entre o fim desta semana, porque deve haver o que os profissionais da área chamam de "giro", que é quando outros pacientes deixam os leitos por alta ou óbito.

"Todos os dias eu apelo a Deus para que me dê mais um dia sem o colapso da saúde. Eu realmente não estou pensando no amanhã, estou pensando no hoje, em baixar as taxas de regulações, em sobreviver a esse dia. Eu acredito que, de sexta para segunda-feira, a gente consiga dar alguma folga ao sistema. Isso não quer dizer que ele vai ficar bom”.

"Estamos sobrevivendo, mas isso não quer dizer que somos invencíveis".

Além disso, novos leitos devem ser reabertos com a ampliação do Pronto Atendimento [PA] do Marback, que vai virar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

"Nós estamos, e eu peço a compreensão da população, encerrando as atividades do ambulatório do PA do Marback no Imbuí, e vamos estender e transformar em uma UPA, que é uma estrutura maior. As obras já começaram hoje, para a gente ampliar o atendimento de urgência e emergência, que está bem complicado".

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