Paz em Casa: 2º Juizado da Mulher analisa cerca de 150 processos de violência doméstica

Publicado em 05/03/2024, às 12h16
Cerca de 150 audiências serão promovidas até esta sexta-feira (8) | Foto: Caio Loureiro / Ascom TJ
Cerca de 150 audiências serão promovidas até esta sexta-feira (8) | Foto: Caio Loureiro / Ascom TJ

Por Ascom TJ

A Semana da Justiça pela Paz em Casa conta também com audiências no 2º Juizado de Violência Doméstica e Familiar de Maceió. A unidade, no Fórum do Barro Duro, pautou 148 processos para a força-tarefa que segue até esta sexta (8). Segundo o juiz Antônio Barros, titular do 2º Juizado, a iniciativa demonstra a preocupação do Poder Judiciário com as mulheres vítimas de violência doméstica. “O andamento dos processos é muito importante para as vítimas. Durante esta semana, estamos promovendo o mutirão, e há alguns meses nosso grupo de trabalho vem dando uma grande baixa no acervo, superando a média dos processos que entram mensalmente”.

Denunciar é preciso - Uma das vítimas ouvidas no 2º Juizado é Érica, de 36 anos. A vítima conta que em julho de 2023 denunciou seu ex-marido, com quem conviveu durante onze anos. Segundo ela, nunca houve agressão física, mas diversas ameaças durante o relacionamento. “Ele gosta de ameaçar, durante muitos anos ele praticou violência psicológica. Estamos separados há algum tempo, mas no ano passado ele me ameaçou de morte. Resolvi denunciar e consegui uma medida protetiva”.

Ela relata que o ex-marido cumpriu as determinações da Medida Protetiva de Urgência (MPU) concedida pela Justiça, o que a fez se sentir mais segura. “A gente precisa denunciar até para evitar coisa pior. Procurando a Justiça você tem um pouco mais de segurança. Resolvi pedir ajuda e me senti segura com a medida protetiva, pois durante todo esse tempo ele não se aproximou mais de mim”.

Magistrado e servidores do 2º Juizado de Violência Doméstica e Familiar de Maceió. Foto: Caio Loureiro.

Mutirão - A força-tarefa é coordenada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e segue até o dia 8 de março, quando é celebrado o Dia Internacional da Mulher. A ação vem sendo promovida pelos 1º e 2º Juizados da Mulher na capital, Juizado da Mulher em Arapiraca e demais unidades do interior. Participam também o Ministério Público e a Defensoria Pública.

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