Mirella Granconato, acusada de ser a mandante do assassinato de Giovanna Tenório, em 2011, disse, durante o depoimento dela no julgamento do caso, esta quarta-feira (11), que o delegado que conduziu a investigação do crime “não fez a investigação como deveria”.
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A declaração veio em seguida ao momento em que ela se declarou ser inocente, e foi rebatida com ironia pelo juiz titular da 8ª Vara Criminal, Jonh Silas, que preside o julgamento: “Quero muito prender um delegado por ter indiciado alguém sem provas. Eu devo prender esse delegado?” disse o magistrado.
Mirella revelou também que chegou a brigar com a vítima num boate de Rio Largo e que teria enviado mensagens a outras mulheres que teriam se envolvido com o seu ex-marido, Antônio Bandeira.
“Eu me arrependo de ter enviado as mensagens a ela, fiz por infantilidade, tinha 19 anos, falei coisas que não deveria. [...] Eu não a agredi, foi mútuo. Ele começou a me xingar e a gente brigou”, disse ela. O juiz insistiu perguntando quem desferiu o primeiro golpe e ela respondeu: “Depois de ela me xingar, eu bati, mas ela revidou e chegamos às vias de fato”, explicou a ré, que completou: “Ele teve várias namoradas. Eu sabia. Ela [Giovanna] não me incomodava. Eu mandei mensagem para as outras mulheres também”, afirmou.
Mirella disse ainda que no dia em que crime aconteceu ela estava trabalhando e que não conhece a fundo as provas do processo. “Só sei de algumas coisas e do que o meu advogado me dizia”, pontuou.
O magistrado perguntou ainda se ela queria fazer mais alguma declaração para os jurados. Chorando, Mirella disse: “Sou inocente e quero justiça e verdade, nada além disso. Quero aliviar meu coração e voltar para minha casa. Não quero impunidade, quero a verdade, que ela prevaleça”.
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