O técnico Oliveira Canindé concedeu entrevista coletiva, na tarde desta sexta-feira (25), no CT do Mutange. O treinador do CSA antecipou o retorno das férias para acelerar o processo de contratações e alertou que o Azulão precisa montar um elenco competitivo para 2017.
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"Eu vim para acelerarmos essa situação, trazermos o mais rápido possível. Tudo que temos até agora foi conversado por telefone, tem pré-contrato, mas ainda não é aquilo que estamos esperando. É bom salientarmos isso. O que eu quero, o que queremos, é ter um CSA digno de representar a grandeza do nosso torcedor. Então é preciso mais. Vamos correr atrás desse mais para fazermos a diferença", declarou Canindé.
"Não podemos nos contentar simplesmente em chegar. O CSA é muito grande para se contentar com vices. É necessário brigarmos por títulos e conseguirmos. Para isso é necessário termos qualidade, capacidade e competitividade para fazermos o melhor possível", concluiu.
O acesso para a Série C do Campeonato Brasileiro e a vaga para a Copa do Nordeste foram objetivos fundamentais conquistados pelo Azulão. Canindé almeja agora chegar na Série B Nacional.
"Planejávamos a vaga para Série D e o acesso. Conseguimos as duas coisas. Mas eu queria o título. Era a minha satisfação pessoal, e tenho certeza que o torcedor queria a equipe campeã. Agora é trabalharmos para colocar o CSA onde ele precisa estar. Ele ainda não chegou onde precisa chegar. Queremos que ele chegue. Mesmo assim ainda estamos devendo, infelizmente. É preciso ainda mais. Quem chegar para trabalhar no CSA tem que saber que tem cobrança, pressão e é preciso fazer muito para alegrar e agradar o nosso torcedor", afirmou.
Confira outros trechos da entrevista coletiva de Oliveira Canindé.
Jovens reforços
"Acredito que os garotos que estão vindo, por estarem competindo em equipes que representaram muito para o futebol brasileiro, vão querer que isso aconteça. Destaque e oportunidade em grandes equipes. Estamos trazendo alguns valores nesse objetivo. A base do ano passado, mas mesmo assim quero atletas em condições de competir, que não tremam, não tenham temor e não sintam a camisa do CSA. São bons atletas? São. Mas nós vamos esperar para ver o que vai acontecer".
"Não adianta eu antecipar algumas situações e dentro do trabalho não ser o que eu espero. Como já conheço boa parte dos atletas, fica mais fácil até para os que estão chegando caminharem juntos e saberem exatamente o que queremos. A partir desse momento, a gente observa e vê se tem ou não condição de aproveitar. Se não tiver, vamos agir o mais rápido possível para trazer o que o clube precisa. Independente disso precisamos correr atrás".
Mota e Luis Soares
"O Mota jogou contra a gente, foi bem nas duas partidas, destaque da competição. Muito bom reforço, vai brigar diretamente com o Jefferson. O Soares é um atleta que eu quis, pedi para trazê-lo de volta. Ele joga em várias funções, gosto de jogador assim. É um atleta que vai poder fazer a diferença no grupo. Acredito que se trouxermos atletas com esse perfil, que se assemelham ou são parelhos com concorrentes pela posição, tenho certeza que teremos um time muito qualificado".
CSA no mercado
"Não estamos parados. Tem muita gente se movimentando. O João Feijó e o Rafael Tenório estão se movimentando para trazer os valores que queremos. Existem dificuldades? Sim. Mas é necessário brigarmos ainda mais para que esses nomes se confirmem e tenhamos como formar uma equipe digna de representar o CSA".
Dificuldades
"É por isso que não podemos abrir mão da base, para não ter essa dificuldade toda. Estamos correndo atrás de alguns nomes, até mesmo alguns que estiveram aqui, estamos tendo dificuldades para trazer, mas vamos trazer atletas qualificados. Precisamos ter essa consciência que teremos dificuldades. Nossa equipe é grande, forte e tem uma grande torcida? Sim. Mas para continuarmos fortes e termos o respeito do nosso torcedor é preciso fazer nossa parte".
Estreia
"[Copa do Nordeste] Já vamos pegar de cara o ABC, que subiu pra Série B. É um adversário que vai exigir muito de nós. Vai servir como parâmetro, para nos medir e vermos em que ponto estamos. Como subiu, deve vir um time montado, pensando nas competições, e com uma base muito forte. Vai exigir muito de nós. Saberemos exatamente em que ponto estamos e o que poderemos fazer".
"O que eu não quero em hipótese alguma é chegar num jogo como esse e ter dúvidas sobre esse ou aquele atleta. Não posso ter dúvidas. O trabalho de pré-temporada é justamente para definir o que temos de melhor, nos prepararmos para passarmos por qualquer adversário, seja de Série A, Série B ou Série C".
Elenco qualificado
"[Saída de jogadores] Saiu? Saiu. Não adianta comentar, já saiu. Os que ficaram aqui, sempre espero que se superem, ajudem e acrescentem em superioridade ao time passado. Quero um time mais competitivo, qualificado e em condição de bater de frente com qualquer adversário, não podemos esquecer que vamos ter a Copa do Brasil também".
"Não posso pegar uma equipe dentro dessas competições e tentar montar, não vai dar certo. Por isso preciso de base e trazer atletas que sejam espelho ou característica dos que saíram e sejam um pouco acima. Sempre espero que sejam acima, possam fazer a diferença".
Pré-temporada no Mutange
"Andei pelo campo. Está bom. Arrumado. O Raniel Holanda tem trabalhado muito, é normal. Eu sabia que estaria assim. Vamos aproveitar da melhor maneira possível. Precisamos ter a consciência que isso aqui é nosso. Sair daqui para outro lugar é preciso que esse outro lugar seja melhor do que aqui".
"O presidente visitou alguns lugares, temos conversado. O que for melhor para o CSA vai ser feito independentemente do local que treinarmos. Uma coisa é certa: vamos aproveitar o nosso CT da melhor maneira possível".
Copa do Nordeste e Alagoano
"É impossível usar força máxima nas competições. Já passei por esse tipo de situação. Você joga uma, depois a outra e começa a sentir e apresentar dificuldades. Como não temos máquinas aqui para examinar o CK dos atletas, é tudo no olhômetro e na conversa. Vamos tirando algumas situações e colocando quem estiver em condição de render o máximo".
"Se eu puder jogar com a mesma equipe o tempo inteiro, vou jogar. Mas uma coisa é certa: isso não vai acontecer porque o atleta não suporta. Isso prejudicaria o andamento das competições, não teríamos condições de jogar todas as competições com o mesmo grupo. Por isso precisamos ter um grupo bem homogêneo e qualificado, para quando fizermos alterações a equipe não sinta".
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