Pai é suspeito de estuprar duas filhas menores em Coruripe; população protesta

Publicado em 25/09/2023, às 13h07
População protestou pedindo a prisão do pai das vítimas, suposto abusador | Foto: Reprodução
População protestou pedindo a prisão do pai das vítimas, suposto abusador | Foto: Reprodução

Por Eberth Lins

O final de semana foi de revolta entre moradores do Pontal de Coruripe, no Litoral Sul do estado. Um grupo saiu em passeata para pedir respostas das autoridades para a grave denúncia de que um pai teria estuprado as duas filhas.

Ao TNH1, Weliton Moura, que é conselheiro tutelar da região, informou que o suposto abusador já confessou o crime aos conselheiros. "Ele confessou em conversa com os conselheiros, que já denunciou o caso ao Ministério Público e aguarda providências", afirmou.

Segundo Moura, o Conselho Tutelar foi acionado pela direção da escola onde uma das vítimas estuda. "Até onde sabemos, as duas vítimas têm 14 anos [ são filhas de mães diferentes] e foram estupradas desde os nove anos", disse o conselheiro.


Mãe de uma das adolescentes, que até então era criada pelo pai, Ariane Silva dos Santos conta que voltou de São Paulo às pressas para cobrar providências.

"Minha filha contou sobre os abusos na escola, que estava sendo abusada pelo próprio pai desde quando tinha 8 anos, e no dia 30 foi feita a denúncia no Conselho Tutelar. Ela foi encaminhada ao Hospital da Mulher, em Maceió, onde passou por exames que confirmaram os abusos", disse.

Ariane dos Santos apela para a prisão do ex-companheiro, que estaria escondido na casa de parentes. "A gente foi na delegacia na última quarta-feira para saber como está andando o processo, mas até o momento ele não foi preso, por isso fizemos o protesto para que chegue até as autoridades. Uma pessoa dessa não pode permanecer solta", fala, revoltada.


Um perfil de notícias da região no Instagram chegou a publicar um vídeo com depoimento de uma das adolescentes, onde ele conta ter sido obrigada por diversas vezes "até que chegou o momento de não aguentar mais". "Eu achava que era normal, coisa de pai normal, mas quando comecei a participar de palestras do Cras percebi que havia algo errado. Eu sentia que era uma obrigação, mas nunca me acostumei. Ele dizia que eu não podia falar, que ele seria preso e eu ficaria só, porque ninguém ia me querer", diz a menina.

A reportagem entrou em contato com o delegado Alexandre César, do 89º Distrito Policial de Coruripe, que confirmou a investigação, mas disse que as informações sobre o caso serão mantidas em sigilo.

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