Paciente é morto por policial após fazer enfermeira refém durante surto

Publicado em 19/01/2025, às 15h46
Foto: Reprodução/Redes sociais
Foto: Reprodução/Redes sociais

Por Correio Braziliense

Um paciente de 59 anos que estava internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Morrinhos (GO) foi morto por um policial militar após fazer uma enfermeira refém. Segundo a prefeitura da cidade, o homem estava em surto psicótico quando atacou a profissional no sábado (18/01).

A Polícia Militar de Goiás informou que o paciente estava ameaçando a enfermeira com um pedaço de vidro. Os policiais tentaram convencer o homem de liberar a profissional de saúde, mas não obtiveram sucesso.

"Foram iniciados protocolos de gerenciamento de crises para liberar a vítima. Apesar das tentativas de verbalização para que o autor liberasse a vítima, ele permaneceu em atitude agressiva e reiterou as ameaças. Diante do risco iminente à vítima, foi necessário a realização de um disparo de arma de fogo para neutralizar a agressão e resguardar a integridade física da refém", disse a PM.

Mesmo atingido pelo disparo, o paciente continuou resistindo e foi contido pelos policiais. A equipe médica prestou socorro, mas ele não resistiu aos ferimentos e morreu. A Polícia Militar determinou a instauração de procedimento administrativo para apurar os fatos.

A Prefeitura de Morrinhos se solidarizou com a família do paciente e afirmou que será oferecido acompanhamento psicológico e social aos familiares, à enfermeira e demais envolvidos na situação.

O prefeito Maycllyn Carreiro afirmou que telefonou para o filho do paciente que morreu e também para a enfermeira que foi feita refém.

Veja a nota da Prefeitura de Morrinho na íntegra:

A Prefeitura de Morrinhos lamenta profundamente o ocorrido na noite do último sábado, 18 de janeiro, quando um paciente em surto psicótico fez uma enfermeira refém na UTI onde estava hospitalizado há três dias.

Em virtude da gravidade da situação e do iminente risco à vida da profissional, a Polícia Militar foi acionada para conduzir as negociações com o paciente. Diante da infrutífera negociação, a Polícia Militar realizou um disparo que ocasionou no óbito do paciente.

Informamos que a gestão da UTI onde o fato aconteceu é de responsabilidade de uma empresa terceirizada, com contrato vigente até março de 2025.

A atual gestão reafirma seu compromisso com a transparência, mantém-se à disposição para esclarecer os fatos e lamenta profundamente a morte do paciente. Solidarizamo-nos com a família enlutada e asseguramos que será oferecido acompanhamento psicológico e social tanto aos familiares quanto à enfermeira e demais envolvidos na situação.

Veja a nota da Polícia Militar na íntegra:

A Polícia Militar de Goiás informa que, na noite de sábado (18), uma equipe do 36º Batalhão da Polícia Militar atendeu uma ocorrência no Hospital Municipal de Morrinhos, onde um paciente, em surto psicótico, manteve uma técnica de enfermagem refém na UTI, ameaçando-a com um objeto perfurocortante (pedaço de vidro).

Após a chegada dos policiais, foram iniciados protocolos de gerenciamento de crises para liberar a vítima. Apesar das tentativas de verbalização para que o autor liberasse a vítima, ele permaneceu em atitude agressiva e reiterou as ameaças.

Diante do risco iminente à vítima, foi necessário a realização de um disparo de arma de fogo para neutralizar a agressão e resguardar a integridade física da refém.

Mesmo alvejado, o autor continuou resistindo, sendo necessária a sua contenção pelos demais policiais militares. A equipe médica prestou socorro imediato, mas infelizmente ele não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.

A ocorrência foi acompanhada pelo delegado plantonista, que conduzirá as investigações cabíveis.

A Polícia Militar informa, ainda, que foi determinada a instauração de procedimento administrativo para apurar os fatos.

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