Neste 5 de março completaria 87 anos de idade Divaldo Suruagy, um dos maiores homens públicos que Alagoas já conheceu.
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Nascido em São Luiz do Quitunde, ocupou no Estado praticamente todos os cargos eletivos – só não vereador, até porque nunca se candidatou – e faleceu em Maceió, em 21 de março de 2015.
Além de político, foi economista, professor, historiador e escritor.
Iniciou a vida pública como Secretário da Fazenda em 1963, no governo de Luiz Cavalcante, elegendo-se, sucessivamente, prefeito de Maceió, deputado estadual (presidiu a Assembleia Legislativa), governador de Alagoas, deputado federal por duas vezes e senador da República.
Em 1984, disputou a indicação de vice-presidente da República na convenção do PDS na chapa de Mário Andreazza, mas o escolhido pelo partido foi Paulo Maluf – derrotado na disputa indireta por Tancredo Neves.
Conquistou seu terceiro mandato de governador (que terminou sendo o último da carreira) em 1994, alcançando 81% dos votos válidos, um recorde nacional na época.
Assumiu em 1º de janeiro de 1995, mas o Estado entrou numa grave crise econômica, financeira e social e, em 17 de julho de 1997, se afastou do cargo – seu vice, Manoel Gomes de Barros, concluiu o mandato até 31 de dezembro de 1998.
Suruagy personificou uma pessoa simples e humilde, mesmas características de Dona Luzia, sua esposa, características que o casal transferiu às quatro filhas.
Ao contrário de muitos que o abandonaram no ostracismo político, tenho orgulho de ter compartilhado parte da minha existência com Divaldo Suruagy, um cidadão que foi quase tudo na política e, ao longo da vida, sempre se manteve na classe média, ao contrário de quase todos que de uns tempos para cá exercem cargo público ou mandato eletivo.
Era, realmente, uma figura diferenciada.
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