A Operação Lava Jato, que desvendou um dos maiores esquemas de corrupção do mundo, condenando e prendendo políticos e empresários que se locupletaram de recursos públicos, completa neste mês de março 10 anos de instauração.
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Essa ação conjunta do Judiciário, Ministério Público e Polícia Federal não tem nada o que festejar: todos os esforços de moralização dessas instituições foram esvaziados com a soltura de todos os condenados por envolvimento em vários tipos penais.
A impunidade, que vem se transformando em lamentável realidade no Brasil, permite que os fatos voltem a se repetir 10 anos depois, como a volta das construtoras Andrade Gutierrez e Novonor (antiga Odebrecht) às operações na refinaria que motivou a Operação Lava Jato, fato registrado no portal “O Antagonista”:
“As construtoras Andrade Gutierrez e a Novonor, antiga Odebrecht, estão de volta às operações na refinaria que esteve no centro da Operação Lava Jato, um dos maiores escândalos de corrupção do Brasil.
A Odebrecht, por exemplo, estava até o ano passado proibida de participar de licitações da petroleira.
A Andrade Gutierrez foi liberada em 2017, mas este será o seu primeiro projeto de grande porte desde o escândalo.
Segundo o Estadão, a Consag, filial da Andrade Gutierrez no mercado privado, venceu dois lotes, A e B, com valor total de cerca de R$ 3,7 bilhões.
A Tenenge, empresa da Novonor, antiga Odebrecht, ganhou três lotes (C, D e E), com valor superior a R$ 5 bilhões.
Ambas as construtoras não responderam quando foram procuradas para comentar.
Os investimentos visam a expansão da Rnest, chamada de segundo trem. Com o investimento, a produção de diesel S10, combustível com menos emissões de poluentes, aumentará de 100 mil para 260 mil barris por dia.
A Refinaria Abreu e Lima tem um histórico de corrupção durante o primeiro mandato do governo Lula e durante a administração de Dilma Rousseff.
O custo da refinaria ultrapassa os R$ 40 bilhões, o que é R$ 36 bilhões a mais que o valor estimado no início do projeto, tocado por Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão.
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