Uma operação deflagrada pelo Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) prendeu três pessoas em Viçosa, entre elas o secretário municipal de Finanças, Maxuel Carnaúba.
Os servidores presos são lotados no setor de Recursos Humanos e na Secretaria de Saúde de Viçosa. A operação é acompanhada pelo promotor da cidade Anderson Cláudio, que não pôde conversar com a reportagem.
O TNH1 ouviu o prefeito de Viçosa, Flaubert Torres Filho, que informou não ter conhecimento do que se trata a operação e confirmou a prisão dos dois servidores e do secretário de finanças.
Flaubert disse que no momento da operação estava em uma fazenda e, após ter conhecimento da operação, se dirigiu para Maceió, para resolver “coisas pessoais”.
“Não sei do que tratam os mandados. Estou em Maceió e ainda não fui convocado para prestar nenhum esclarecimento sobre nada”, disse ele.
Afastamento
A operação se deu um dia depois de o Ministério Público Estadual entrar com um Agravo Regimental contra a decisão monocrática do presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, Washington Luís Damasceno de Freitas, que determinou a recondução de Flaubert Torres filho ao cargo, do qual ele estava afastado desde maio deste ano.
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Ministério Público pede novo afastamento do prefeito de Viçosa
Flaubert estava afastado por determinação da juíza da Comarca de Viçosa, Lorena Sotto-Maior, a pedido do Ministério Público, após a suspeita de irregularidades no pagamento de diárias e fraude em licitação.
Na mesma ação por ato de improbidade administrativa, o Ministério Público também denunciou o secretário municipal, Maxwell Carnaúba Passo, que também foi alvo de afastamento e de indisponibilidade dos bens. Os prejuízos aos cofres públicos ultrapassaram a soma de R$ 153 mil.
O caso
A apuração sobre a prática do ato de improbidade administrativa teve início após a representação encaminhada pela então presidência da Câmara de Vereadores de Viçosa. O documento denunciava possíveis irregularidades nas concessões de diárias realizadas pela Prefeitura.
O Ministério Público, constatou que houve pagamento irregular para as viagens que deveriam ter sido realizadas para as cidades de Maceió (AL), Brasília (DF), Recife (PE), Fortaleza (CE), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Arapiraca (AL), Palmeira dos Índios (AL), Cajueiro (AL), Marechal Deodoro (AL), Delmiro Gouveia (AL) e Atalaia (AL). Ao todo, foram 170 diárias liberadas em 259 dias úteis.
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