LEIA TAMBÉM
Em entrevista coletiva concedida por representantes da Defesa Civil do Estado e do Município e do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – CREA, o comandante da Defesa Civil do Estado, Evaldo Nunes, anunciou uma grande operação de retirada da estrutura de concreto que ficou pendente no silo do moinho que desabou na tarde dessa segunda-feira 7. A estrutura será removida por guindastes de um caminhão especializado, contratado pela empresa Motrisa, em uma operação prevista para amanhã (09). As operações de retirada de trigo na Avenida Comendador Leão continuam interrompidas e só serão retomadas após a retirada da estrutura de concreto.
Durante a coletiva, a gerência de fiscalização do CREA informou também que ainda não havia localizado a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) da empresa Motrisa. O presidente do CREA, Roosevelt Patriota, informou que A.R.T. é um documento preparado anualmente e que atesta as condições de segurança e estrutura de edificações em todo o Estado. O atestado, procurado desde ontem (08), após o acidente com um dos silos, não tinha sido encontrado até o final da tarde desta terça (08).
O representante da Defesa Civil declarou também que após a retirada da estrutura, que oferece alto risco de desabamento, a equipe composta por Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Policia Militar, atuará na limpeza de todo o lado esquerdo da Avenida Comendador Leão e no Riacho do Sapo, que pode transbordar e ocasionar prejuízos aos moradores, em virtude da alta quantidade de trigo concentrada no local.
INTERDIÇÃO
Não há previsão para que a avenida seja liberada, o que interrompe as atividades de comércio, serviços e o trânsito da região. Moradores do local também foram retirados provisoriamente das casas, em virtude do risco de novos desabamento da estrutura pendente e de possível desabamento de outros silos, que também apresentam rachaduras. Algumas famílias estão abrigadas na Igreja Presbiteriana 9 de Dezembro, que também fica na Comendador Leão. A Defesa Civil informou que haverá perícia não só no Moinho Motrisa, mas também nas residências e outras edificações nos arredores, que também foram tomados pelo trigo. Os demais silos estão sendo esvaziados pela empresa como medida para evitar possíveis rompimentos.
COMISSÃO
Após reunião entre engenheiros da Serveal, bombeiros, representantes da Eletrobrás, da Defesa Civil e dirigentes da Motrisa, foi composta uma comissão de quatro engenheiros-peritos responsáveis pela inspeção na estrutura restante do silo desmoronado e nos demais silos do Moinho Motrista. O objetivo da comissão é apurar as causas técnicas do acidente que espalhou toneladas de grãos, e elaborar laudo com orientações futuras sobre as estruturas da Motrisa.
LEIA MAIS
+Lidas