A demissão do técnico Dorival Júnior virou questão de tempo na CBF. Não há clima para continuidade do treinador à frente da seleção brasileira. A gota d´água foi a goleada sofrida diante da Argentina.
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Dorival já estava em xeque antes da data Fifa deste mês (a primeira do ano). O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, queria duas vitórias. Mas o clima azedou de vez porque não só o Brasil perdeu para os argentinos, mas tomou um baile.
"Pressão é sempre grande, eu tenho consciência de tudo o que representa, de tudo o que vinha sendo desenvolvido", admitiu Dorival, na coletiva pós-jogo no Monumental de Núñez.
Nos bastidores que cercam o presidente da CBF, a saída de Dorival é tida como certa, segundo o UOL apurou. A questão é quando Ednaldo vai apertar o botão de ejetar.
Ontem, o presidente da CBF desceu para os vestiários cinco minutos antes do apito final. A goleada já estava consolidada. O comportamento dele ao longo da partida foi descrito como frio. Ednaldo não deixa transparecer muito as emoções.
Ao receber quem estava em campo, deu mensagem de apoio aos jogadores e à comissão técnica.
A frase de Raphinha — "porrada neles" dita a Romário — não foi considerada como elemento para causar um futebol tão ruim.
Ednaldo tem por costume deixar o estádio junto com os jogadores. Por isso, passa na zona mista. Mesmo sem dar entrevistas, disse que se pronunciaria hoje sobre o tema.
Pessoas próximas ao presidente da CBF fazem a leitura de que ele só anunciaria a saída de um técnico se tivesse outro engatilhado.
Além disso, o timing para trocar na seleção permite que Ednaldo ainda adie qualquer decisão, por ora. A próxima data Fifa é só em junho.
Por outro lado, a dimensão da seleção principal faz com que o fiascos como o de ontem tenha tolerância menor.
Na base, Ramon Menezes já fez campanha ruins com a sub-20 e sub-23, mas ainda permanece no cargo — tanto que foi campeão sul-americano novamente.
Com Dorival, não há tanta paciência. O clima já é de fim de trajetória.
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