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Análise de uma jornalista política: “A esquerda que xingou Sílvio Santos em pleno luto nacional”

Em 20 de Agosto de 2024 às 18:00

A morte do empresário Sílvio Santos no último sábado (17) ainda repercute.

De modo geral, as manifestações foram de solidariedade até de emissoras concorrentes do seu SBT, que lhe dedicaram praticamente toda a programação, especialmente no domingo.

Mas, infelizmente, setores da esquerda extrapolaram a militância política e exerceram a maldade, como observa a jornalista política Madeleine Lacsko:

“As reações à morte de Silvio Santos serviram como um termômetro para distinguir entre aqueles que fazem militância política e aqueles que, na verdade, são movidos por inveja, maldade e amargura, disfarçadas de posicionamento ideológico. A morte de um ídolo nacional como Silvio Santos, que deixou o país em luto, revelou mais sobre o caráter de quem o xingou do que sobre o próprio homenageado.

É claro que todos têm o direito de não gostar de uma figura pública, de expressar opiniões divergentes e até de manifestar críticas. No entanto, o momento em que isso é feito diz muito sobre a intenção por trás dessas palavras. No caso de Silvio Santos, alguns setores da esquerda optaram por expor seu descontentamento de forma agressiva e desrespeitosa, justamente no momento em que a nação estava em luto. Não é uma questão de política, mas de sensibilidade e respeito.

Silvio Santos, o maior comunicador que o Brasil já teve, foi mais do que uma figura de sucesso. Sua trajetória de vida inspiradora, seu papel como um ícone da televisão popular e até seu lado espiritual, refletido em sua defesa do judaísmo e do perdão, são aspectos que marcaram profundamente a cultura brasileira. Por isso, é difícil entender como alguém pode não gostar de Silvio Santos. Mas, mesmo que alguém não goste, há um tempo e um lugar para tudo. Em momentos de luto, o silêncio pode ser a melhor resposta.

Criticar um ídolo recém-falecido, especialmente quando essa crítica é feita em meio ao luto nacional, não é apenas uma demonstração de falta de respeito, mas também um reflexo de problemas mais profundos. Essas atitudes revelam arrogância, uma mistura de ignorância e também a rejeição a tudo que é popular e acessível ao povo. Há, em certos setores da esquerda, uma tendência a desprezar o que é autêntico e popular.

Silvio Santos sempre foi um homem do povo, e sua emissora de televisão refletia isso. Ele criou uma TV para o povo, com a cara do povo, defendendo causas populares à sua maneira. Foi o primeiro a ter uma plateia exclusivamente feminina, a colocar travestis e trans no palco, defendendo seu direito ao trabalho e à visibilidade. Essas atitudes não se alinham com a visão de certos progressistas, que preferem tutelar o povo em vez de aceitar e valorizar sua autenticidade.

Quando alguém escolhe, em um momento de luto, fazer críticas ou xingamentos, isso fala muito mais sobre o caráter dessa pessoa do que sobre o alvo de suas críticas. A imagem de Silvio Santos não será manchada por esses comentários, mas as pessoas que os fizeram deixam claro o tipo de pessoa que são. É importante prestar atenção nesse tipo de comportamento, pois quem não tem vergonha de mostrar sua própria podridão em um momento de dor coletiva, certamente não terá escrúpulos em outras situações.

A morte de Silvio Santos é um evento que se torna um espelho, revelando o melhor e o pior nas pessoas. Infelizmente, mostrou que, para alguns, a política é apenas um disfarce para sentimentos muito mais sombrios e egoístas.”

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