A morte do empresário Sílvio Santos no último sábado (17) ainda repercute.
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De modo geral, as manifestações foram de solidariedade até de emissoras concorrentes do seu SBT, que lhe dedicaram praticamente toda a programação, especialmente no domingo.
Mas, infelizmente, setores da esquerda extrapolaram a militância política e exerceram a maldade, como observa a jornalista política Madeleine Lacsko:
“As reações à morte de Silvio Santos serviram como um termômetro para distinguir entre aqueles que fazem militância política e aqueles que, na verdade, são movidos por inveja, maldade e amargura, disfarçadas de posicionamento ideológico. A morte de um ídolo nacional como Silvio Santos, que deixou o país em luto, revelou mais sobre o caráter de quem o xingou do que sobre o próprio homenageado.
É claro que todos têm o direito de não gostar de uma figura pública, de expressar opiniões divergentes e até de manifestar críticas. No entanto, o momento em que isso é feito diz muito sobre a intenção por trás dessas palavras. No caso de Silvio Santos, alguns setores da esquerda optaram por expor seu descontentamento de forma agressiva e desrespeitosa, justamente no momento em que a nação estava em luto. Não é uma questão de política, mas de sensibilidade e respeito.
Silvio Santos, o maior comunicador que o Brasil já teve, foi mais do que uma figura de sucesso. Sua trajetória de vida inspiradora, seu papel como um ícone da televisão popular e até seu lado espiritual, refletido em sua defesa do judaísmo e do perdão, são aspectos que marcaram profundamente a cultura brasileira. Por isso, é difícil entender como alguém pode não gostar de Silvio Santos. Mas, mesmo que alguém não goste, há um tempo e um lugar para tudo. Em momentos de luto, o silêncio pode ser a melhor resposta.
Criticar um ídolo recém-falecido, especialmente quando essa crítica é feita em meio ao luto nacional, não é apenas uma demonstração de falta de respeito, mas também um reflexo de problemas mais profundos. Essas atitudes revelam arrogância, uma mistura de ignorância e também a rejeição a tudo que é popular e acessível ao povo. Há, em certos setores da esquerda, uma tendência a desprezar o que é autêntico e popular.
Silvio Santos sempre foi um homem do povo, e sua emissora de televisão refletia isso. Ele criou uma TV para o povo, com a cara do povo, defendendo causas populares à sua maneira. Foi o primeiro a ter uma plateia exclusivamente feminina, a colocar travestis e trans no palco, defendendo seu direito ao trabalho e à visibilidade. Essas atitudes não se alinham com a visão de certos progressistas, que preferem tutelar o povo em vez de aceitar e valorizar sua autenticidade.
A morte de Silvio Santos é um evento que se torna um espelho, revelando o melhor e o pior nas pessoas. Infelizmente, mostrou que, para alguns, a política é apenas um disfarce para sentimentos muito mais sombrios e egoístas.”
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