A Justiça de Alagoas julga, nesta quinta-feira, 23, por meio de júri popular no Fórum do Barro Duro, em Maceió, Thiago dos Santos Silva, o homem que agrediu fisicamente e ateou fogo contra a própria companheira no Conjunto Village Campestre, no bairro Cidade Universitária, parte alta da capital. A promotora Adilza de Freitas, que representa o Ministério Público do Estado no caso, citou que o órgão vai sustentar as qualificadoras de tentativa de feminicídio e afirmou que não houve respeito pela vítima.
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Adilza de Feitas ressaltou ainda, em entrevista ao Fique Alerta, que a jovem Polyana de Medeiros e Silva foi atacada pelas costas. A previsão é que o julgamento termine por volta das 17h.
"Vamos sustentar as qualificadoras do motivo fútil por questão de ciúmes, com emprego de fogo, porque ele jogou álcool na região posterior da vítima e logo após ateou fogo. Também pelo uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, consistente no fato da agressão ter sido pelas costas. E, finalmente, a qualificadora da tentativa do feminicídio, pelo fato da condição do sexo feminino. A mulher passa a ser objeto de coisificação, de propriedade, não há o respeito", disse a promotora de Justiça da 9ª Vara Criminal da Capital.
A defesa do acusado informou à TV Pajuçara que não vai se manifestar neste momento a pedido da família dele.
"Teremos cinco testemunhas a serem ouvidas. Dentre elas, a própria vítima. Esse crime se trata de violência doméstica e a sociedade é quem vai julgá-lo e dar o veredito para que o juiz dê a decisão correspondente à soberania do Conselho de Sentença", comentou o juiz do caso, o magistrado Geraldo Amorim.
Relembre o caso - Em outubro de 2022, uma mulher, que tinha 23 anos na época, precisou ser socorrida na manhã daquela quarta-feira, 26, após ser agredida e queimada pelo próprio companheiro na frente dos filhos, uma bebê de 3 meses e um menino de 8 anos, dentro de casa, no Conjunto Village Campestre.
A vítima foi socorrida por vizinhos e levada para a Unidade de Pronto Atendimento do Benedito Bentes. Depois, ela foi encaminhada ao Hospital Geral do Estado, no Trapiche.
Ao ser preso, dias depois, o homem disse que queria se separar da vítima e ela não aceitava. Sendo esse um dos motivos pelo qual teria cometido o crime. A vítima informou que o motivo foi o fato dele ter ficado enfurecido porque queria a certidão de nascimento da filha de três meses, sendo que o documento se encontrava na casa da avó materna da criança.
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