Desde a gestão do governo Geraldo Bulhões (1991-1994) a população do Sertão alagoano vive a expectativa da implantação do Canal do Sertão, uma obra de 250 quilômetros de extensão que se propõe a levar água de Delmiro Gouveia a Arapiraca.
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Mais de 30 anos depois, e após várias gestões de governadores e presidentes da República, o que se tem de resultado até agora é a construção de 123 quilômetros que, se confirmadas as promessas feitas nesta quinta-feira para a implantação do Trecho 5, será ampliada para 150 quilômetros.
Quando concluída essa etapa restarão ainda, para a conclusão do Canal, mais 100 quilômetros até o destino final, Arapiraca.
Justiça se faça: os méritos para o Canal do Sertão ter atingido o patamar atual devem ser atribuídos aos governadores Geraldo Bulhões, que deu o pontapé inicial do empreendimento, e Teotonio Vilela Filho, que nos seus oito anos de mandato conseguiu recursos para sequenciá-lo, a trancos e barrancos.
Poucos de nós estarão vivos até a entrega definitiva da obra, algo absolutamente impossível de se prever.
Até lá resta ao sertanejo usufruir das suas águas da maneira mais empírica possível, enquanto aguarda, com paciência, a consolidação dos compromissos dos políticos quanto à implantação dos sonhados perímetros irrigados no seu entorno.
Em tom de resignação, vale registrar a célebre frase de Euclides da Cunha em “O Sertões”: “O sertanejo é antes de tudo um forte”.
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