"O que ele fez com meu neto, tem que pegar muitos anos de prisão", diz avó do menino Kauã

Publicado em 24/07/2023, às 09h45
Márcio Kauã Ferreira Acioli tinha dois anos quando foi morto | Foto: Reprodução
Márcio Kauã Ferreira Acioli tinha dois anos quando foi morto | Foto: Reprodução

Por Eberth Lins

Nesta terça-feira (25), após mais de um ano, o vendedor ambulante e réu confesso, Fernando Henrique de Andrade Olegário, será julgado pela morte do menino Márcio Kauã Ferreira Acioli, de apenas dois anos, que foi morto em abril do ano passado. O julgamento será no fórum do Barro Duro, em Maceió.  

Além de homicídio qualificado, Fernando Olegário será julgado por falsa comunicação de crime e fraude processual. Ele é acusado de espancar a criança até a morte e depois desovar o corpo em um terreno próximo à Avenida Rota do Mar, no Benedito Bentes. A história à época só veio à tona após mais de 10 dias de investigação da polícia, isso porque o homem e a então companheira, uma adolescente de 16 anos, comunicaram às autoridades que o menino tinha desaparecido.

Segundo a perícia, o menino sofreu traumatismo craniano por instrumento contundente. "Foi tudo muito rápido, fiquei com medo na hora", disse Fernando à época da prisão alegando que não queria ter matado a criança.

O repórter Bruno Protasio, da TV Pajuçara/Record TV, conversou com a avó do menino Kauã, Edilene Ferreira, que pediu justiça e disse que vai acompanhar de perto os desdobramentos do julgamento.

"Espero justiça e peço para todo mundo que estiver lá. Kauã era brincalhão, era uma criança alegre, muito carinhoso com a mãe dele, o que ele fez com meu neto tem que pegar muitos anos e eu peço justiça", apela. Abalada, a mãe do menino não deve participar do júri, informou Edilene. 

Antonio Vilas Boas, promotor de justiça, diz que o Ministério Público espera que o acusado pegue pena máxima. "Ele agiu com dolo e a intenção efetivamente era matar a vítima. Se os jurados acolherem todos os crimes, que de fato estão comprovados nos autos, espera o Ministério Público que a ele seja aplicada a pena máxima, mais de 40 anos, somando todos os crimes", detalhou o promotor.

Assista à matéria exclusiva da TV Pajuçara recontando o caso:

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