Tecnologia

O que é VPN, que teve uso proibido por Moraes para acesso ao X

CNN Brasil | 30/08/24 - 23h51
Foto: Ilustrativa/Pixabay

A suspensão do X, antigo Twitter, nesta sexta-feira (30), fez com que diversos internautas articulassem um possível uso do VPN (Virtual Private Network) para acessar o aplicativo. No entanto, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu o uso da ferramenta, sob a aplicação de uma multa diária de R$ 50 mil, para aqueles que infringirem a determinação.

Normalmente utilizada para proteger a privacidade online, criptografando dados e ocultando o endereço de IP, o VPN é uma ferramenta que cria uma conexão segura entre um determinado dispositivo e a internet, como explica à CNN Alexandre Andrade, especialista em tecnologia da Lara Comunicação.

“A ferramenta também é bastante utilizada para acessar conteúdos que podem estar bloqueados em determinadas regiões”, complementa o especialista.

“O VPN funciona direcionando seu tráfego de internet por meio de um servidor remoto, o que cria um ‘túnel’ criptografado. Isso significa que qualquer dado transmitido é protegido e o endereço IP que os sites veem não é o seu, mas o do servidor da VPN”, ainda detalha Alexandre.

Em outras palavras, a tecnologia faz parecer que o usuário está navegando pela internet de outro país, contornando eventuais bloqueios geográficos.

No entanto, após determinar a suspensão do X no Brasil, o ministro Alexandre de Moraes proibiu o uso do VPN, estipulando uma multa diária de R$ 50 mil, caso qualquer pessoa natural ou jurídica utilize serviços de VPN para acessar a plataforma de Elon Musk.

É possível detectar o uso de VPN?

De acordo com Alexandre Andrade, a resposta é positiva. “Alguns métodos incluem a identificação de endereços IP que são conhecidos por pertencer a servidores VPN, ou por meio de técnicas avançadas como a inspeção profunda de pacotes (DPI), que examina os dados transmitidos em busca de padrões específicos”, garante.

“No entanto, VPNs de alta qualidade conseguem mascarar esse tráfego, tornando a detecção mais complexa”, ainda complementa o especialista.