O estilo discreto do deputado estadual Marcelo Victor (MDB), presidente da Assembleia Legislativa, tem tudo a ver com a sua condição de grande articulador político.
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Só para lembrar um dos seus feitos: ele foi o “pai” da candidatura do então deputado Paulo Dantas, em eleição indireta pela ALE, em 2022, para concluir o mandato do governador Renan Calheiros Filho, que se afastou para concorrer ao Senado e não tinha vice.
E o fez com o objetivo de fazer do ex-prefeito de Batalha o candidato a governador do seu grupo político, o que terminou acontecendo.
Daí passou a exercer forte influência no governo estadual, na mesma intensidade que o titular do Palácio República dos Palmares.
Profundo conhecedor de orçamento público e do regimento interno da Assembleia, Marcelo Victor conseguiu um feito até então inédito: foi reeleito à presidência da casa legislativa com os votos de todos os 27 deputados estaduais.
Agora, pretende novamente ser reconduzido ao cargo, num desejo questionável do ponto de vista jurídico, mas perfeitamente factível se dependesse apenas da vontade dos seus colegas de parlamento.
Ciente do impedimento legal para obter mais uma reeleição para presidir a ALE, ele já tem um nome definido para o seu lugar, caso não seja possível continuar: o deputado Bruno Toledo – filho de Fernando Toledo, presidente do Tribunal de Contas do Estado e ex-deputado estadual, e da ex-deputada estadual Lucila Toledo, hoje prefeita de Cajueiro.
Significa dizer que o futuro presidente da Assembleia Legislativa será o próprio Marcelo Victor ou Bruno Toledo – e ninguém ouse duvidar.
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