Que o prefeito João Henrique Caldas (PL) é favoritíssimo à reeleição não há nenhuma dúvida, pois todas as pesquisas de opinião pública realizadas durante o seu mandato indicam isso.
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A estratégia da oposição, encabeçada pelo MDB (leia-se senador Renan Calheiros), de lançar vários candidatos contra ele para arriscar reverter o resultado num eventual segundo turno, é uma evidência disso.
Outro indicativo é a briga nos bastidores do próprio grupo de JHC para definir quem será o candidato a vice da sua chapa, pela perspectiva de o prefeito renunciar em abril de 2026 para concorrer ao governo do Estado – o vice então seria efetivado prefeito, com direito a concorrer à reeleição em 2028.
Se a eleição deste ano é para JHC um mar de rosas, a disputa ao governo em 2026 está mais para uma coroa de espinhos – o principal desses espinhos atende pelo nome de Renan Calheiros Filho (MDB), hoje senador.
Renanzinho chegou a ser lembrado para concorrer com JHC este ano, mas passa longe dele essa ideia – até porque o MDB e a família Calheiros há tempos não se dão bem nas eleições de Maceió e, diante do amplo favoritismo do prefeito para a reeleição, a derrota agora seria desgaste enorme para o futuro do hoje Ministro dos Transportes.
A disputa ao governo em 2026 é de âmbito estadual e, reconhecidamente, a estrutura do MDB é amplamente superior à do PL de JHC, considerando-se ainda que Renan Filho fez duas gestões bem avaliadas como governador e, em termos de potencial de votos, supera até o próprio pai.
Ainda por cima, Renanzinho tem o respaldo do presidente Lula, que será um dos principais respaldos políticos em 2026.
Nessas circunstâncias, é bom algum aliado lembrar a JHC que se sua reeleição aparenta ser um passeio, na disputa para governador o buraco é mais embaixo.
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