"O homem é o momento", diz assassino confesso da farmacêutica em entrevista exclusiva; ouça

Publicado em 10/03/2023, às 13h57
Montagem TNH1
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Por Redação TNH1

O assassino confesso da farmacêutica Marcelle Bulhões, Cícero Messias da Silva Junior, conhecido como "Junior dos Cavalos", concedeu uma entrevista ao repórter Hélio Góes, da rádio Pajuçara FM 103,7, no momento em que chegava na Central de Flagrantes, na manhã desta sexta-feira (10), e deu sua versão sobre o que aconteceu no dia do crime, a última quarta-feira (08), em pleno Dia Internacional da Mulher. 

Apesar de Cícero se dizer arrependido de cometer o crime, ao ser questionado se teria como evitá-lo, negou: "Não teve como". O assassino confesso alegou que após o início da discussão, ele ficou com medo de ser enquadrado na Lei Maria da Penha, porque Marcelle havia se trancado no quarto e dito que ia chamar a polícia. Depois disso, ele conta que ela saiu correndo para a rua, gritando por socorro, na tentativa de que algum vizinho pudesse acionar a Polícia Militar.

"Eu tentei conversar com ela para que ela não chamasse a polícia pra mim, porque eu fiquei com muito medo na hora. Aí eu tava de cabeça quente, ela também, quando ela correu assim eu dei-lhe uma pedrada e ela caiu. Aí eu fui e dei outra, não me conformei e dei-lhe outra de novo", relatou o homem sem esboçar emoção. Ele ficou preso e desde então está à disposição da Justiça.

O delegado do caso, Thiago Prado, também relatou sobre a violência das pedradas. "Ele pegou um pedaço de pedra, que estava largado em uma via pública, e desferiu um forte golpe na cabeça da vítima. Um dos golpes foi suficiente para rachar a pedra ao meio. Não satisfeito, ele ainda desferiu mais dois golpes na cabeça de Marcelle", relatou o delegado. 

Quando questionado se amava Marcelle, Junior dos Cavalos diz ao repórter da Pajuçara FM que "gostava". "[Como misturar o gostar com tanta violência?] A cabeça da gente é o momento, o homem é o momento", responde Cícero Messias. 

"Tô muito arrependido porque é uma vida, né? Uma vida... podia evitar uma coisa pior", diz o homem.

Ouça o áudio com um trecho da entrevista exclusiva de Cícero Messias ao repórter da Pajuçara FM 103,7, Hélio Góes:

O feminicídio - A farmacêutica identificada como Marcelle Bulhões foi vítima de pedradas em frente a uma residência na Rua São Pedro, no Conjunto Village Campestre II, na Cidade Universitária, e morreu depois de ser encaminhada ao hospital. O crime em via pública na madrugada de quarta-feira, 08, e a morte da vítima foi causada por traumatismo cranioencefálico.

O Batalhão de Polícia de Guarda (BPGd) confirmou que uma equipe foi enviada para a localidade durante a madrugada e Marcelle já havia sido levada por populares para uma unidade de saúde. Ela estaria inconsciente no momento do socorro. O óbito foi confirmado pela equipe médica que atendeu a vítima.

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