O chip quântico do Google que resolve em 5 minutos problema que levaria 10 quatrilhões de anos

Publicado em 10/12/2024, às 20h13
Conheça, "chip quântico", Google, resolve, "5 minutos", problema, levaria "10 quatrilhões de anos", tecnologia - Foto: Reprodução/Freepik
Conheça, "chip quântico", Google, resolve, "5 minutos", problema, levaria "10 quatrilhões de anos", tecnologia - Foto: Reprodução/Freepik

Por BBC News

O Google apresentou um novo chip que, segundo a empresa, leva cinco minutos para resolver um problema que atualmente os supercomputadores mais rápidos do mundo levariam dez quatrilhões (ou 10.000.000.000.000.000.000.000.000) de anos para completar.

O chip é o mais recente desenvolvimento em um campo conhecido como computação quântica, que busca usar os princípios da física de partículas para criar um novo tipo de computador incrivelmente poderoso.

O Google afirma que seu novo chip quântico, chamado Willow, incorpora "avanços" importantes" e "pavimenta o caminho para um computador quântico útil em grande escala".

No entanto, especialistas dizem que o Willow é, por enquanto, um dispositivo essencialmente experimental, o que significa que um computador quântico poderoso o suficiente para resolver uma ampla gama de problemas do mundo real ainda está a anos (e bilhões de dólares) de distância.

O dilema quântico

Os computadores quânticos funcionam de uma maneira fundamentalmente diferente dos telefones ou notebooks tradicionais.

Eles aproveitam a mecânica quântica (o comportamento estranho das partículas ultrapequenas) para resolver problemas muito mais rapidamente do que os computadores convencionais.

Espera-se que os computadores quânticos possam usar essa capacidade para acelerar drasticamente processos complexos, como a criação de novos medicamentos.

Também há preocupações de que possam ser usados para fins criminosos, como quebrar alguns tipos de criptografia utilizados para proteger dados sensíveis.

Em fevereiro, a Apple anunciou que a criptografia que protege os chats do iMessage está sendo tornada "à prova quântica" para evitar que computadores quânticos potentes do futuro consigam decifrá-la.

Hartmut Neven, que lidera o laboratório de inteligência artificial quântica do Google responsável pela criação do Willow, descreve a si mesmo como o "otimista-chefe" do projeto.

Ele disse à BBC que o Willow seria usado em algumas aplicações práticas, mas se recusou, por enquanto, a dar mais detalhes.

No entanto, Neven afirmou que um chip como esse, capaz de realizar aplicações comerciais, não estará disponível antes do final da década.

Inicialmente, essas aplicações envolveriam a simulação de sistemas onde os efeitos quânticos são importantes.

"Por exemplo, isso é relevante no design de reatores de fusão nuclear, na compreensão do funcionamento de medicamentos e no desenvolvimento farmacêutico, além do desenvolvimento de baterias melhores para automóveis e uma longa lista de tarefas semelhantes", explicou.

Os computadores quânticos funcionam de uma maneira fundamentalmente diferente dos telefones ou notebooks tradicionais.

Eles aproveitam a mecânica quântica (o comportamento estranho das partículas ultrapequenas) para resolver problemas muito mais rapidamente do que os computadores convencionais.

Espera-se que os computadores quânticos possam usar essa capacidade para acelerar drasticamente processos complexos, como a criação de novos medicamentos.

Também há preocupações de que possam ser usados para fins criminosos, como quebrar alguns tipos de criptografia utilizados para proteger dados sensíveis.

Em fevereiro, a Apple anunciou que a criptografia que protege os chats do iMessage está sendo tornada "à prova quântica" para evitar que computadores quânticos potentes do futuro consigam decifrá-la.

Hartmut Neven, que lidera o laboratório de inteligência artificial quântica do Google responsável pela criação do Willow, descreve a si mesmo como o "otimista-chefe" do projeto.

Ele disse à BBC que o Willow seria usado em algumas aplicações práticas, mas se recusou, por enquanto, a dar mais detalhes.

No entanto, Neven afirmou que um chip como esse, capaz de realizar aplicações comerciais, não estará disponível antes do final da década.

Inicialmente, essas aplicações envolveriam a simulação de sistemas onde os efeitos quânticos são importantes.

"Por exemplo, isso é relevante no design de reatores de fusão nuclear, na compreensão do funcionamento de medicamentos e no desenvolvimento farmacêutico, além do desenvolvimento de baterias melhores para automóveis e uma longa lista de tarefas semelhantes", explicou.

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