Contextualizando

O Caso Braskem – o futuro incerto da empresa que surgiu para ser a redenção econômica de Alagoas

Em 1 de Dezembro de 2023 às 06:53

Qual o futuro da Braskem a partir da dimensão que tomou, em termos de divulgação na mídia nacional, a constatação, reconhecida pela própria empresa, de novos e graves episódios relacionados ao afundamento do solo em Maceió, especificamente agora, no bairro do Mutange?

Essa é a pergunta que paira não apenas na área política como, e principalmente, nos meios empresarial e financeiro.

O fato mais recente, dentro desse contexto, foi a divulgação de fato relevante em que a Braskem dá conhecimento ao mercado que tomou ciência oficialmente de tutela de urgência em ação instaurada pelos Ministérios Públicos Federal e de Alagoas, além da Defensoria Pública da União, contra a empresa e o município de Maceió, no valor de R$ 1 bilhão.

A Braskem também foi acionada pela Justiça Federal para realocar famílias do Bom Parto, um dos cinco bairros que estão afundando em função da exploração, pela indústria, de sal-gema na cidade.

Os problemas ambientais se tornaram públicos em março de 2018, quando ocorreu o primeiro episódio de afundamento de solo, no bairro do Pinheiro, e depois o problema se alastrou por Bebedouro, Mutange, Bom Parto, Flechais e parte do bairro do Farol.

Desde então, a Braskem se anda às voltas com problemas para indenizar as famílias afetadas, realocar parte delas e, ao mesmo tempo, tentar a negociação de ações junto ao mercado – o que não tem conseguido.

Para piorar as coisas, a empresa está sendo alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito no âmbito do Senado Federal.

Ou seja, seu futuro é absolutamente incerto, o que é lamentável para uma empresa que no seu nascedouro foi apontada como “a redenção econômica do Estado de Alagoas”.

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