Nutricionista do HGE recomenda atenção redobrada na escolhas de pescado para a Páscoa

Publicado em 12/04/2022, às 21h37
Carla Cleto e Thallysson Alves / Sesau
Carla Cleto e Thallysson Alves / Sesau

Por Ascom Sesau

A abstenção da carne na Páscoa é um costume para os cristãos. No lugar das carnes vermelhas e do frango, o pescado toma conta dos cardápios das famílias. Porém, a nutricionista do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, Graça Cavalcante, alerta para a importância de observar a procedência do pescado, para higiene do local de comercialização e para o correto acondicionamento e tratamento na preparação do alimento.

Isso porque, conforme a especialista, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informa que é importante observar se o peixe está livre de contaminantes físicos (pedaços de metais, plásticos e/ou areia ou poeira), químicos (combustíveis, sabão e/ou detergentes) e biológicos (bactérias, vírus e/ou moscas); se não apresenta manchas, furos ou cortes na superfície; se as escamas estão firmes e resistentes; e se os olhos ocupam toda a cavidade (devem estar brilhantes e salientes, sem a presença de pontos brancos ao centro do olho).

“Também é importante que as pessoas saibam conservar o pescado após a aquisição. Atenção para o tempo de deslocamento entre o local da compra e a residência. Os peixes precisam ser mantidos em refrigeração, por isso não podem ficar muito tempo longe da geladeira ou freezer. Uma boa sugestão é transportá-lo em uma caixa térmica, sobre uma espessa camada de gelo. E na hora de iniciar o preparo, confira o cheiro, observe a cor e prove antes de servir. Se algo estiver diferente, melhor não consumir”, orientou Graça Cavalcante.

Para melhorar a qualidade nutricional do pescado, é recomendável, segundo a especialista, dar preferência aos peixes assados, cozidos ou grelhados, já que a fritura favorece o surgimento de gorduras trans. Ela também alerta para o consumo excessivo de sal e de temperos industrializados, principalmente aos hipertensos. E indica o uso de temperos naturais, como a cebolinha, cebola, alho, orégano, manjericão, manjerona, cominho, noz-moscada, louro, entre outros.

“Se o peixe já estiver salgado, é necessário dessalgá-lo adequadamente. As pessoas que estão em tratamento, ou que seguem dietas restritivas, precisam buscar a orientação do seu nutricionista antes do consumo. E se surgirem episódios de náuseas, diarreia, febre, vômitos e dores, o atendimento médico é imprescindível”, pontuou a nutricionista do HGE.

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