Quatro pessoas ficaram feridas nesta segunda-feira (15) em um novo ataque com faca ocorrido em uma igreja de Sydney, na Austrália. De acordo com os serviços de emergência locais, as vítimas não correm risco de vida. O incidente acontece dois dias após uma agressão similar em um shopping center da cidade.
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O ataque desta segunda-feira aconteceu durante uma missa em uma igreja assíria na zona oeste da cidade. As imagens de uma transmissão ao vivo mostram um homem se aproximando do altar, com uma faca erguida para atacar o padre, o que provocou pânico entre os paroquianos.
Os serviços de emergência informaram à AFP que quatro pessoas com idades entre 20 e 70 anos receberam atendimento médico. Um homem foi preso e está sob custódia da polícia.
"Os indivíduos feridos sofreram lesões que não ameaçam suas vidas e foram tratados por paramédicos do serviço de emergência de Nova Gales do Sul antes de serem levados para um hospital", disseram as autoridades.
No último sábado (13), seis pessoas foram assassinadas em um ataque similar no shopping center Westfield Bondi Junction, em Sydney. O agressor foi baleado e morto por um policial.
Em entrevista coletiva, a agente da polícia do estado de Nova Gales do Sul Karen Webb afirmou que 5 das 6 vítimas eram mulheres, o que levou as autoridades abrirem investigação para identificar o motivo da preferência do agressor.
Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram o agressor atacando principalmente pessoas do sexo feminino. Cinco das seis pessoas assassinadas são mulheres, assim como a maioria dos feridos.
"Os vídeos falam por conta própria. E esta é, certamente, uma linha de investigação para nós", afirmou a comissária Karen Webb, da polícia de Nova Gales do Sul. "Parece ser uma área de interesse, que o agressor se concentrou nas mulheres e evitou os homens", declarou.
O autor do ataque foi identificado como Joel Cauchi, 40. O incidente também deixou 8 feridos, entre eles 1 bebê de nove meses que foi internado em estado grave no hospital.
"A questão de gênero é obviamente preocupante", declarou o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, que afirmou ter conversado com as famílias de algumas vítimas.
O pai do agressor, Andrew Cauchi, declarou à imprensa australiana que está "devastado" e que não sabe o que levou o filho a causar as mortes.
"Isso é tão horrendo que nem consigo explicar", disse na entrada de sua casa em Queensland. "Eu virei um servo do meu filho quando descobri que ele tinha uma doença de saúde mental". "Fiz tudo o que estava ao meu alcance para ajudá-lo", disse o pai.
Andrew Cauchi disse acreditar que o filho atacou principalmente as mulheres porque "ele queria uma namorada, não tinha habilidades sociais e estava frustrado".
A última das seis vítimas de Joel Cauchi a ser identificada foi Yixuan Cheng, uma jovem chinesa que estudava na Universidade de Sydney. As outras assassinadas eram uma designer, uma salva-vidas voluntária, a filha de um empresário e uma mãe que estava com seu bebê de nove meses.
Esta última, Ashlee Good, de 38 anos, entregou a filha a desconhecidos em um momento de desespero, antes de ser levada para o hospital, onde faleceu. A criança, Harriet, está internada em estado grave.
O único homem morto foi o paquistanês Faraz Tahir, de 30 anos. Ele trabalhava como segurança quando foi esfaqueado.
Oito pessoas feridas continuam hospitalizadas, algumas em estado crítico. Quatro vítimas receberam alta nas últimas 24 horas, segundo as autoridades.
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