A Petrobras tem a avaliação de que a mudança na fórmula de cálculo do preço do diesel para o programa de subvenção inviabiliza importações e gera risco ao abastecimento.
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Segundo a estatal, a fórmula proposta pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) vai levar a preços internos menores do que as cotações internacionais.
"Vai inviabilizar a oferta de produto importado no âmbito do programa [de subvenção]", disse o gerente-executivo de Marketing e Comercialização da Petrobras, Guilherme França, em audiência pública para discutir o tema na ANP.
A mudança no cálculo do preço do diesel foi determinada por medida provisória que detalhou a terceira fase do programa de subvenção, criado no fim de maio para pôr fim à paralisação dos caminhoneiros.
A fórmula proposta pela ANP inclui custos de importação, mas, segundo o setor, desconsidera o custo de transporte entre o porto e mercados consumidores.
No dia 11, a agência disse que a nova fórmula reduziria os preços, ao contrário de expectativa do mercado.
Segundo as contas da Petrobras, o preço de referência proposto para as regiões Sudeste e Centro-Oeste está R$ 0,137 por litro abaixo da paridade de importação (valor para levar o produto importado ao mercado).
Distribuidoras e importadoras também criticaram a proposta. "Os preços de referência estão muito distantes da paridade de importação", disse Sérgio Araújo, que preside a Abicom, que reúne as importadoras.
A estatal e as distribuidoras defendem a manutenção da fórmula atual de preços de referência, definida em maio com base nos valores praticados antes do congelamento do preço.
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