A expressão “nós contra eles” foi usada há alguns anos pelo Partido dos Trabalhadores e tem se perpetuado para definir situações de antagonismo político, contrariando todos os conceitos de harmonia e desprendimento que devem marcar as relações humanas.
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Às vezes a realidade força uma mudança de entendimento, como neste terceiro governo Lula, em que o PT abriu espaços a fervorosos aliados do até então execrável, para os petistas, ex-presidente Jair Bolsonaro – tudo “em nome da governabilidade”.
O tal “nós contra eles” instituído na política brasileira ganhou conotação internacional com o advento do conflito Rússia x Ucrânia, pois por aqui surgiram em profusão defensores radicais dos dois extremos.
O mesmo acontece com o embate Israel x Hamas, em que não faltam nas redes sociais, e até na imprensa tradicional, supostos entendidos em política externa a defender um dos lados, como se especialistas fossem.
Repete-se a situação em relação à Argentina, que neste domingo realiza eleições presidenciais e, embora os dois candidatos sejam politicamente medíocres, não falta por aqui quem defenda um ou outro, apenas pelo viés ideológico.
Vivemos no Brasil, infelizmente, a institucionalização da intolerância.
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