A indicação de Gaby Ronalsa (PV) para vice do deputado federal Rafael Brito (MDB) foi surpreendente, causou reações contrárias até entre aliados pelo perfil conservador da vereadora, mas, passado o primeiro impacto, as coisas vão se ajustando na principal frente de oposição ao prefeito João Henrique Caldas (PL), que concorre à reeleição.
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O desgaste maior no desenrolar dos fatos que antecederam a convenção do MDB ficou mesmo para o PT, que tinha o advogado Ricardo Barbosa com candidatura a prefeito anunciada e já em pré-campanha, mas o partido teve de se sujeitar à intervenção do comando nacional da legenda, aceitando com resignação a adesão a Rafael Brito.
Não é segredo para ninguém que o interesse maior na adesão sempre foi o tempo de rádio e TV no horário eleitoral a que o PT tem direito, agora compartilhado com o MDB, que tem um tempo bem menor.
A submissão do PT ao MDB, reafirmada nessa eleição de Maceió, atendendo acima de tudo a um trabalho de bastidores do senador emedebista Renan Calheiros, já causa uma preocupação a petistas autênticos com relação às eleições de 2026.
Ocorre que o deputado federal Paulão, principal nome do PT em Alagoas, tem dito publicamente que pretende concorrer ao Senado daqui a dois anos e isso afeta diretamente Renan Calheiros, que vai tentar se reeleger pela quinta vez, numa duas vagas de senador que serão disputadas em 2026.
É fato incontestável que a candidatura de Paulão afeta diretamente a Renan, nem tanto pelo volume de votos que o candidato do PT possa ter, mas sim pelo verniz ideológico de esquerda que uma aliança com os petistas proporciona ao senador do MDB.
Cabe, a propósito, uma indagação: e se, por causa desse detalhe, Renan Calheiros articular novamente uma intervenção do comando nacional do PT para fazer Paulão desistir de concorrer ao Senado em 2026?
Será que Paulão e o PT aceitarão passivamente, mais uma vez?
Paciência tem limite. Subserviência também…
2a. E se Renan não quiser Paulão senador?
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