O Secretário de Gestão de Maceió, Reinaldo Braga, afirmou, na manhã desta quinta-feira, 22, que a Prefeitura mantém as negociações e o diálogo com os servidores municipais. Segundo, diante da crise financeira enfrentada pelos municípios brasileiros, o Município solicitou aos sindicatos mais um prazo de 90 dias para apresentar uma proposta - tempo em que se espera uma melhora nos indicadores financeiros.
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"Lamentamos a greve, mas não podemos ser irresponsáveis. A maioria das cidades brasileiras está passando por uma crise financeira, fruto da instabilidade econômica e política do País. A arrecadação municipal tem sido sistematicamente afetada pela falta de repasses de recursos federais. Além disso, tivemos um grande prejuízo financeiro pelos estragos causados pelas chuvas”, disse o secretário Reinaldo Braga.
De acordo com ele, a Prefeitura de Maceió, por meio da Secretaria Municipal de Gestão (Semge), mantém a mesa aberta com os sindicatos. “Já informamos que neste momento as finanças municipais não permitem que apresentemos alguma proposta sustentável, ou seja, que possa ser honrada pelo Município", enfatizou o secretário de Gestão.
O Secretário Reinaldo Braga destacou ainda que o Município trabalha com medidas econômicas que possibilitem uma folga nas contas públicas necessária para concessão de um reajuste salarial responsável, que não comprometa o pagamento da folha de pessoal em dia - uma prioridade para a Prefeitura.
A Semge, ainda de acordo com Braga, tem discutido permanentemente com os sindicatos, apresentado os números de forma transparente e ressalta que, além dos salários, também tem mantido as progressões de carreira em dia, garantindo o direito dos servidores e buscando evitar perdas salariais do funcionalismo do município.
Reajuste acumulado de 40,5% em três anos
"Uma prova desta transparência no diálogo é que apenas uma parte dos sindicatos de servidores municipais aderiu à greve. Outra parte tem entendido a situação, afinal entre 2013 e 2016, a Prefeitura concedeu um reajuste acumulado, incluindo as carreiras, de 40,5%, um percentual maior que o concedido pelos governos federal e estadual, no mesmo período, por exemplo", analisa Braga, acrescentando o que o acumulado representa uma média de 10% ao ano, percentual superior ao IPCA registrado no mesmo período.
Números
De acordo com o secretário de Gestão, em 2013, a Prefeitura concedeu reajuste de 9%; em 2014, 7%; em 2015, 6%, e em 2016, 4,5%. Além disso, existe o próprio crescimento vegetativo da folha, que cresce junto com a carreira dos servidores e o anuênio, que fica em torno de 3,5% ao ano. Já o IPCA foi de 5.84% em 2013; 5.91% em 2014; 6.41% em 2015, e 10% em 2016.
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